Participe !!!

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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo sem timidez de que seja FELIZ DO NOSSO JEITO !!!

É um convite para levarmos a vida valorizando o NOSSO JEITO !!!

Ano velho eterno com uma psicóloga, Ortega y Gasset, Paul Anka, Elvis, Sinatra e Rahner


Uma psicóloga me disse que nós fazemos sempre a melhor escolha, nas circunstâncias. O grande Ortega y Gasset resume com sua famosa sentença: ¨Eu sou eu e minhas circunstâncias¨. Cantado, deu na linda canção de Paul Anka, imortalizada por Elvis Presley e ¨a Voz¨, Frank Sinatra.

Eu concordo com todos eles: a psicóloga, Ortega y Gasset e Paul Anka (SIM, EU FUI ADOLESCENTE E TAMBÉM TIVE ÁLBUM COM TODAS AS REPORTAGENS SOBRE PAUL ANKA).
E concordo porque ninguém, em sã consciência, vai fazer a pior escolha, se lhe é dado fazer a melhor...
E é este o tema da mensagem da música MAY WAY. Todo mundo e cada um de nós faz tudo do seu próprio jeito.
Simples assim...
É que este ano que passou, cujas cortinas já estão se cerrando, é um tempo que vivemos do nosso jeito. E este jeito do nosso ano velho, vai ser abençoado por Deus e por ele levado à nossa eternidade.

Rahner lembra que foi pela Graça de Deus que I DID IT MAY WAY no ano que passou.

É que Rahner dá uma importância imensa ao que já vivemos não permitindo que as experiências passadas sejam levadas à lixeira do tempo das nossas vidas, mas nos lembrando que o tempo que passou está eternizado, ou seja, é parte da nossa vida eterna. 

Admitir que I DID IT MAY WAY, que fizemos o que pudemos, do jeito que nos foi possível, no ano que está acabando, é fundamental.
Se não tivermos humildade para admitir que o que vivemos foi do jeito que nos foi possível, vamos sempre nos sentir fracassados e jamais seremos capazes de olhar para trás, de olhar os anos velhos como um tempo abençoado por Deus.
Muito mais importante do que nossas falhas será abençoar todos os dias do ano, porque assim é que o nosso ano findo será levado à eternidade, do nosso jeito e abençoado por Deus.
Amém.
Cf. The Great Church Year, 66-69.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Vamos fazer um balanço espiritual do ano velho ? De olho no ANO NOVO !!!


Está chegando o último dia do ano !
Vale a pena deixar o ano velho de um jeito cristão.

Como cada pessoa é diferente das outras, cada ano que alguém vive é, também, diferente dos outros. Deus deixa cada um seguir o seu caminho. Mas, por outro lado, cada ser humano é precisamente o mesmo que o seu próximo ou que qualquer outra pessoa, se considerarmos que o passou agora é passado.

Ao menos isso temos em comum entre todos nós. Estamos todos nos despedindo do ano passado.

Estamos deixando um ano atrás de nós com seus 365 dias, seus trabalhos, preocupações, seus desapontamentos, seus amargores, com os planos que fizemos e que talvez tenham resultado em um nada, ou tenham apenas em parte se realizado. Estamos deixando as nossas culpas, os nossos fracassos, por tudo que o nosso coração mesquinho fez no ano que finda.

E para quem podemos oferecer este ano do qual estamos nos livrando ? Será que ainda é possível para nós doá-lo a alguém? Afinal, o ano não está se evaporando, ele existiu. Este ano não pode ser extinto, apartado de nossa vida pelo mero fato de que está acabando e que não é mais possível exercermos a nossa liberdade, como foi possível em 1º de janeiro passado, dia-a-dia, hora-por-hora...


De modo diverso, se olharmos o ano que passou do jeito cristão, se nós reconhecermos para que fomos criados - nós, seres espirituais da eternidade -, devemos, de fato, dizer que o ano passado é o ano em que ganhamos o irrevogável ano contínuo de nossa vida.

Os anos que vivemos são os nossos anos, Deus sabe, nós não. O passado é nosso. Como cristãos, podemos serenamente afirmar, esperar e desejar que Deus nos dará um longo futuro nesta vida finita, e que esta vida finita também se tornará nossa própria vida contínua, mesmo quando parecer que passou, mesmo quando parecer que é passado.

Quem preserva o passado continuamente, irrevogavelmente, para nós ? Deus. Ele, que entrou nele (passado) no que a escritura chama de ¨livro da vida¨. Ele sabe que, em sua visão, o passado permanece presente.

O que somos em nossa realidade espiritual, em nossa fisionomia histórica-espiritual, o que indelevelmente temos estampado em nossa realidade espiritual em nossas vida e durante o ano que passou - isto, Deus já inscreveu no ¨livro da vida¨. Porque deste modo este ano passante ainda estará lá e, em uma hora de despedidas como esta, nós podemos ainda fazer da despedida o que ela deve ser: uma ação de graças.

Vamos saudar as despedidas ao ano velho dando graças, agradecendo, o que a despedida deve ser, uma dádiva da graça de Deus, que nos deu todos os dias deste ano.

E se verdadeiramente aceitarmos cada dia como uma dádiva de Seu amor - e isto nós sempre podemos fazer - estes dias passados terão sido dias abençoados, dias de graça e salvação.

The great Church Year, 66-67.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Convocação do Concílio Vaticano II faz 50 anos

Convocação do Concílio Vaticano II faz 50 anos:

'via Blog this'

Novidades de Natal do Blog ! Acompanhem e pesquisem

Bom Dia a todos !!!

Incluí, com muita satisfação um campo novo, dos posts mais visitados.
Assim fica mais fácil saber e/ou encontrar o que mais atenção despertou no Blog.
Espero que seja útil...

Também incluí um campo de pesquisa no Blog.
Se alguém tem um tema e quiser saber se já falamos uma palavrinha de Rahner sobre ele, pode contar com esta ajuda.

Também agradeço aos que responderam à primeira pesquisa realizada no Blog.
Perguntamos qual o discurso de Rahner era o preferido.
Resultado da pesquisa:
Discurso Teológico - 38%
Discurso Espiritual - 30 %
Discurso Prático - 30%

Continuaremos fazendo outras pesquisas ... e contando sempre com a participação de vocês.

A partir do Natal, a cor de fundo do título do Blog TEOLOGIA DE KARL RAHNER acompanhará a cor litúrgica. Por isso, o fundo passou de lilás (ROXO) para branco.

Aos meus grandes mestres.

A autora do Blog agradece a todos que tiveram paciência de lhe ensinar a admirar este grande teólogo. 
Agradeço, muito especialmente a três jesuítas, os professores: 
JUAN RUIZ GOPEGUI, meu modelo de cristão e que fez de mim eterna catequista; 
MARIO DE FRANÇA MIRANDA, que me apresentou o teólogo, o jesuíta e o cristão Rahner, e  
ULPIANO VÁZQUEZ MORO, que vem orientando o meu discipulado em Rahner desde o mestrado e me ensinou a LER e a me ENCANTAR com os grandes, aí incluindo, Rahner e, de modo muito especial, santo Inácio de Loyola.

DE: JUSSARA ... PARA TODOSNESTE NATAL, COM OS AGRADECIMENTOS DO CORAÇÃO DO MEU CORAÇÃO

Então é o primeiro Natal deste Blog, que veio com o propósito de recordar a uns e apresentar a outros o pensamento de um grande homem: Karl Rahner (1904-1984).

A grande surpresa deste Natal foi o número inesperadamente grande de visitantes (+ de 1.600) e de belas reações ao pensamento de Rahner. Fico muito feliz.

E como é Natal, faço uso do espaço para agradecer à minha neta, CAMILLE, pela inspiração amorosa que ela, tão pequenina, vem sendo em minha vida.

Agradeço aos meus filhos e noras-filhas (Alexandre e Paulinha & Ricardo e Luciana) pelo 2011 em que continuamos construindo esta experiência santa que é ser uma FAMÍLIA.

À minha mãe, Maria Lygia, que dos seus 86 Natais me ensina a curtir tudo de bonito que a vida tem, e ao meu pai,Dionísio, que nunca deixou de estar presente.

À minha vovó, CARMÉLIA VIEIRA LOURES FILGUEIRAS,única concessão que faço à ¨idolatria¨ em minha vida cristã !!!

Aos meus irmãos, RenataAngela e Marco (que jamais foi cunhado, mas sempre foi irmãozão), por dividirem a vida comigo e sendo suporte firme das minhas horas menos doces (na verdade, pensei em amaríssimas...).

Aos meus sobrinhos queridos Antônio De Bellis, o inesquecível, Bianquinha e Paulo De Bellis, Cristiane,André Luiz e Marcos André, os 3 últimos Linhares, todo o meu carinho.

Aos meus tios Alexandre e Palmira, ele que foi o escolhido para receber as minhas pobres homenagens, ooops, as minhas orações de graça, por me haver feito entender o que mesmo é ¨infância¨, e Geraldo Augusto Filgueiras, campeão da fé, ooops, segundo Rahner, campeão da coragem e da esperança na vida.

Aos meus queridíssimos primos cariocas EleonoraSérgio,AnitaHelena e Tereza (Cristinas), e aos paulistas mais amados do Estado, Regina, Olguinha, Alexandre e aos maridos (irmãos entre si) delas e mulher, dele, filhos e netos de todos, que nunca conseguimos fazer da distância uma razão para não nos amarmos o suficiente, não estarmos felizes com nossa intimidade espiritual e sabermos que sempre contaremos uns com os outros para, principalmente, rirmos de nossas peripércias !

À minha inesgotável lista de afilhados cariocas e mineiros, e suas famílias, por serem parte, muitas vezes negligenciada por mim, do aprendizado eterno de amar.

Agradeço a Deus pela vida de Juliano Moreira, irmão das meninas mais bonitas de BH: Izabela e Grazilela.

Aos meus amigos da Igreja da Imaculada, da Paróquia de São Francisco Xavier em BH, todos representados pela linda família de Helena e Paulinho, e aos também amigos de todos os cantos por onde andei, a minha gratidão pela acolhida amorosa.

Maria, mãe do Senhor, que veio aqui, em minha vida, dar coragem e sabor suficientes para que eu me levante e diga ao Senhor: Eis-me aqui.

Agradeço, hoje e sempre, ao Pai que é nosso, por Ciro, meu marido eterno.

Nosso Senhor que me colocou no caminho Dele, onde fui conhecendo tanta gente bacana e O reconhecendo em cada rosto com que cruzei.

Agradeço ao Espírito Santo de Deus que me teima em me ensinar a perseverar, quando sinto que me falta tudo, menos o amor do Pai (Lc, 15)

beijo a todos no coraçãoJu

DE: KARL RAHNER SOBRE ESTA NOITE E PARA TODAS AS NOITES DE NOSSAS VIDAS


Vamos observar o valor do silêncio.
Vamos ver que na versão em inglês (e nos outros idiomas), quando cantamos NOITE FELIZ, eles dizem: Silent Night.

RAHNER nos ensina o propósito do silêncio, que está na possibilidade de escuta da Palavra de Deus.
coração do nosso coração canta - silencioso e solitário - para o Deus do coração, a sua canção ao mesmo tempo serena e ardente.

E este nosso coração confia na escuta de Deus porque, agora, a nossa canção não precisa procurar Deus nas estrelas, na inacessível luz em que ele habita - e que o torna invisível a nós.

É pelo Natal, ou seja, é porque a Palavra de Deus se fez carne, que agora sabemos que Deus está próximo e, assim, as serenas palavras proferidas no espaço de quietude de um coração, as palavras de nossa canção - resumidas na palavra amor - alcançam o ouvido e o coração de Deus.

Aqueles que adentraram na intimidade de si mesmos - mesmo quando vem a noite - escutam, na quietude escura das profundezas de seus corações, a carinhosa palavra de amor de Deus.

Devemos serenar - sem o temor da noite - e reter a nossa própria paz.

De outro modo, ou de modo oposto, não ouvimos nada, porque o Derradeiro, o Definitivo, o Irrevogável, somente fala no silêncio da noite.

E é assim - pela graça da Palavra de Deus que se fez carne - que tem que haver Natal, que tem que haver uma noite santa, que temos esta noite feliz.

The Great Church Year 61.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Conheça a história de são Nicolau - inspirador da figura de Papai Noel. Suas relíquias estão conservadas na cripta da Basílica que leva o seu nome, na deliciosa cidade de Bari, na Itália, nas costas do mar Adriático... A Basílica, que segue o rito ortodoxo, propicia à sua assembléia e a seus visitantes uma bela experiência da fé cristã. Lá se realizam os cultos ecumênicos promovidos pela Comunità di Gesù, cujo carisma é o ecumenismo espiritual.

Susan Boyle e a nossa Noite Feliz, a nossa Noite de Paz !






Noite feliz


Noite feliz, Noite feliz,
O Senhor, Deus de amor,
pobrezinho nasceu em Belém.
Eis na lapa Jesus, nosso bem.
Dorme em paz, oh Jesus.
Dorme em paz, oh Jesus. 

Noite de paz! Noite de amor!
Tudo dorme em redor,
entre os astros que espargem a luz,
indicando o Menino Jesus.
Brilha a estrela da paz. 

Noite de paz! Noite de amor!
Nas campinas ao pastor,
Lindos anjos mandados por Deus,
Anunciam a nova dos céus;
Nasce o bom Salvador! 

Noite de paz! Noite de amor!
Oh, que belo resplendor
Ilumina a o Menino Jesus!
No presépio, do mundo eis a luz,
Sol de eterno fulgor!

A Paróquia da Ressurreição no Arpoador faz um belo trabalho no Natal. E durante todo o ano, promove muitas atividades no morro do Pavão Pavãozinho. Vale (ver e) ouvir o Coral dos meninos da Anunciação

Missas

Morro do Pavão e Pavãozinho

Rua Hortência 2 - Rua Saint Roman 46 - Tel: 2267-0148 e 8561-2468


Missionárias

Ir. Maria José (Burkina-Faso)
Ir. Maria Rosa (Polinésia)
Ir. Rosa (Peru) 

Missas

Domingo, às 9h.
Sábado às 18:30h.

Ambulatório e farmácia

Em parceria com a Firjan. Informações na secretaria. 

Bastismo

Preparação: no domingo anterior ao batismo, às 19 horas.
Cerimônia: terceiro domingo do mês, às 9 horas, na missa. 

Bazar

De segunda a sexta-feira de 10 às 12h e de 14 às 18h. 

Catecismo

Sábado, de 9h30 às 11h ou de 15 às 18h. 

Círculos bíblicos

Informações na secretaria. 

Coral da Anunuciação

Informações com Cristiane. 

Curso de costura e artesanato

Informações na secretaria. 

Grupo de oração

Segunda-feira, às 20 horas. 

Pastoral da Criança

Último sábado do mês (pesagem de crianças) às 14h. 

Perseverança

Reuniões aos domingos, às 10 horas.

Presença do Santíssimo Sacramento

Quarta, quinta e sexta-feira de 10 às 12h e de 16h30 às 18h30. 

Projeto Uni-Com

Em parceria com a PUC.
Segunda-feira: 14:30 às 16h, reforço escolar.
Quarta-feira: 18 às 19:30h, inglês e alfabetização.
Domingo: 11 às 12:30h, inglês. 

Secretaria

Quarta, quinta e sexta-feira: de 10 às 12h e de 16h30 às 18h. Sábado: de 10 às 12h e de 15 às 18h. 

Terço

Quarta a sexta-feira, às 18 horas. 

Bate o sino, pequenino, sino de Belém ... com o Coral Da Anunciação, Paróquia da Ressurreição (Arpoador), e a participação do pároco, o Monsenhor José Roberto Devellard

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Então é Natal, e o que você fez ?

Rahner comenta que o Natal é um costume piedoso ! A árvore, os presentes, a excitação das crianças e um pouco de música natalina dão um tom de beleza que torna o Natal tocante. O clima religioso intensificando a atmosfera, faz o Natal especialmente amoroso e mais tocante.

Mas, no duro, mesmo que secretamente, nós todos somos um pouco auto-indulgentes - mas quem vai nos acusar ? - e, assim, nós entramos num clima de paz e aconchego, do mesmo jeitinho que a gente pega no colo uma criancinha chorona, afaga a sua cabecinha e diz: pronto, passou, vai dar tudo certo e vai ficar tudo bem, de novo.


Aí, Rahner pergunta:
- Mas isto é tudo que vem com o Natal ? 
- Este é o núcleo do Natal ? 
- Ou a beleza e o aconchego, a serenidade e a intimidade do Natal são apenas a gentileza, o eco de um evento que é a real celebração do dia do Natal, um evento que acontece em algum outro lugar, em um lugar no mais alto no céu, no mais fundo nos abismos, e no fundo do fundo de nossas almas ? 
- Será que a alegria e a paz do Natal são apenas a expressão de uma emoção, na qual a gente sonhadoramente se refugia ?  
- Ou esta alegria e esta paz são as expressões exteriores que marcam a sagrada celebração de um evento atual ?
E ele mesmo nos responde:
O Natal é mais do que um rasgo de emoção calorosa. 
A criança - Ele é quem conta neste dia. A figura importante nesta noite santa é a criança, a única criança, o Filho de Deus, e o seu nascimento. Tudo mais sobre esta festa é baseado e tem sua origem nisto ou, de outro modo, morre e se transforma em ilusão. 
O Natal significa que Ele veio. Ele fez a noite brilhar.
Ele transformou a noite da nossa escuridão incompreensível em Natal, e a terrível noite de nossas ansiedades e desamparos é agora a noite santa. 
Isto é o que o Natal nos diz e por meio desta festa, que o momento em que este evento aconteceu, mais uma vez e para sempre, também deve se tornar realidade em nossos corações para conformar a perspectiva sobre a nossa vida, a nossa perspectiva Cristã.                                                               


           The Great Church Year 47. 


domingo, 18 de dezembro de 2011

Rahner trata do nome ¨Emanuel¨, que anuncia ¨Deus está conosco¨.

A lição que Rahner pretende tirar do substantivo Emanuel, ¨Deus está conosco¨, parece abstrata mas, na realidade, aponta para a verdade última da humanidade, mesmo que não a tenhamos percebido em meio à nossa existência, que se perde num dia-a-dia cada vez mais repleto de tarefas.

Esta homilia de Rahner, proferida num 4º domingo do Advento, pretende nos mostrar que devemos alargar o entendimento da expressão ¨Deus está conosco¨, porque o que ele quer nos mostrar que é Deus, em si, é quem está conosco. Vamos ver como este ¨em si¨ altera e alarga o sentido da palavra Emanuel.
Deus em si está conosco, significa que Deus em si  está conosco por meio dele mesmo (que é infinito) não por meio de dons finitos eventualmente ofertados a uma criação finita.
A escritura e a tradição testemunham a natureza deste que é o mistério último da nossa existência: Deus comunica a si mesmo a nós em sua infinita e incompreensível realidade. 
Ele nos dá seu Espírito, que auscuta as profundezas da divindade, ou seja, a vida interior do próprio Deus e, assim, o Pai e o Filho passam a inabitar em nós, do mesmo modo como o Filho é um com o Pai desde a eternidade. 
Este é o modo que partilhamos a natureza divina; não somos meros servos de Deus, mas crianças nascidas de Deus. 
Isto implica que veremos e amaremos a Deus, não como em um espelho, ou por qualquer outra mediação criatural, mas diretamente, face a face.
A Teologia tradicional fala de graça incriadado fato de a percepção direta de Deus não ser mediada por uma realidade criada, por meio da qual Deus teria então de ser reconhecido. 
A Teologia clássica fala da inabitação do Deus Trino na pessoa humana, da auto-comunicação de Deus. 
Cf. The Great Church Year 40-43. 

O NASCIMENTO DE JESUS, UM CORDEL SOBRE O NATAL


Para assistirmos com a nossa família. Bem brasileirinho.
Chamem as crianças, também...

João Gilberto encanta pensando que todo mundo fosse filho de Papai Noel !!! Saúde, bom Gilberto ...

sábado, 17 de dezembro de 2011

Adeste Fideles!



A melhor e a mais bela preparação para o Natal é a contemplação do Presépio.
Vamos ajudar a nossa contemplação ouvindo a serena Enya.

Nosso amigo Alessandro Rocha postou A lição do Natal, de Murilo Mendes, sempre inspirado e inspirador de muitas belas meditações. O Natal está chegando. Este Blog vai passar a tratar do Natal durante toda esta semana. Vamos ver qual é a ¨lição¨ ?

A lição do Natal
Murilo Mendes


Humilhada pela morte original, a carne
Restaura-se no ventre de uma virgem,
Capelinha branca pelos anjos feita,
Que do trono do eterno Pai desceram,


À luz trazendo as bem-aventuranças.
Pelos vagidos do sublime infante
A Santíssima trindade arrulha ao homem
De mistura com o cântico do boi.


O’ feliz culpa do primeiro Adão
Que provocou este mistério augusto
Encarnado no Kirios recém-vindo!


A vil matéria, pó transfigurado,
Torna-se em Deus e sobe pelos sinos
Da redenção, que tange Gabriel.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

É um convite à esperança. Ivete Sangalo e Gilberto Gil - "Andar com Fé" , que a fé não costuma falhar...

Maria, a cristã perfeita, se sustenta na fé. Vamos ver uma gotinha de Rahner sobre o que seria a ¨fé¨ para hoje ...

¨Fɨ como ¨CORAGEM¨ !

A fé cristã é difícil, porque ¨Fɨ é a concretude do que descrevemos como ¨CORAGEM¨ em toda a sua radicalidade. 
Para Rahner, cada geração tem suas palavras-chave. E uma palavra-chave para os nossos dias é ¨esperança¨, que significa a realização radical daquela outra palavra que é sua parente próxima: a ¨coragem¨.
É difícil definir coragem porque, de um lado, a palavra se refere a uma realização particular ocorrida na existência de uma pessoa e, de outro lado, tem a ver com incerteza, perigo, liberdade, decisão e risco... 
Deixo só esse pouquinho para pensarmos hoje, com nossos olhos fixos em Maria. Amanhã, retomamos o tema da fé como coragem.
         Faith as Courage, Theological Investigations XVIII, 221-225. 

Rahner em sua Teologia Mariana nos ensinou como é o Cristianismo Perfeito. É como Maria, a cristã perfeita. Vamos ver no texto abaixo este comportamento ¨perfeito¨ de Maria. Magnificat, o Canto de Maria, Lc 1, 46-55

46  Então Maria disse:
¨A minha alma engrandece o Senhor, 
47  e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva.  
48 Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, 
49  porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, 
50  e sua misericórdia se estende, de geração em                  geração,  a todos os que o temem.
51  Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. 
52  Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. 
53  Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. 
54  Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, 
55  conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre.¨

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O que é o cristianismo perfeito ? Rahner envolve toda a nossa existência no dom que recebemos de Deus para agirmos na história como peregrinos que sabem que caminham para Deus. E quem será o cristão perfeito ...

O que é o perfeito cristianismo ?


O cristianismo consiste em receber de Deus, o dom que é Deus em si, e que, por sua graça, nos dá corpo e alma além dos poderes que vão nos constituir seres humanos inteiros, aí inclusos nossos atos, tudo o que fazemos e sofremos, de modo a que este dom de Deus abarque a ¨sua¨ criatura por inteiro e possibilite que a história de nossas vidas aponte para a vida eterna de Deus.  
O cristianismo perfeito exige que nossos atos públicos e privados, o que aparece publicamente diante do mundo em sua história, e o que acontece nas profundezas das nossas consciências, possam  perfeitamente coincidir e se corresponder. 
O que ocorre nas profundezas da vida cristã se torna visível, e o que é visível verdadeiramente espelha o que está acontecendo nas profundezas da alma, onde estamos na presença de Deus.  
O cristianismo e a sua perfeição deve também significar que este ¨perfeito cristianismo¨ de um cristão sirva incondicionalmente à salvação de outros, e só será realmente ¨perfeito¨ se, de fato, dirigir-se a todos, do início ao fim dos tempos. 
Se isto é o perfeito cristianismo, podemos e devemos dizer que Maria é a sua efetiva realização.

Maria é a cristã perfeita. 

Maria, mãe do Senhor 36.

... e o morro inteiro, no fim do dia, reza uma prece, AVE MARIA ... Vamos ouvir Dalva de Oliveira cantando a Ave Maria do Morro, de Herivelto Martins... E quando o morro escurece, eleva a Deus uma prece, AVE MARIA !!!.

Quem é o Teólogo Karl Rahner


Primeira Parte:
Entre 1929-33, Karl Rahner dá início aos seus estudos de Teologia, emValkenburg, na Holanda. Em 26 de julho de 1932, é ordenado pelo cardeal Faulhaber na Igreja de St. Michael em Munich (veja foto à esquerda).
Seus superiores religiosos decidem que ele deve seguir a carreira acadêmica, na História da Filosofia. 
Passados oito anos de sua primeira publicação, Porque precisamos orar ?) já postado aqui em nosso Blog), Rahner publica a segunda obra, sobre Orígenes [1], em francês, que é considerada o seu primeiro grande trabalho teológico [2].
No ano seguinte, 1933, quando estava em Saint Andrä em Lavanttal, na Áustria, cumprindo a ¨terceira provação¨ na Companhia de Jesus, ele publica um detalhado estudo sobre Boaventura[3], também em francês.  
Mais tarde veremos que as suas primeiras publicações já testemunhavam a sua intensa leitura de Orígenes, dos padres da Igreja e dos místicos da Idade média, marca da influência de seu irmão, o também jesuíta, Hugo Rahner. 
Estas obras primeiras estão no mesmo contexto do livro de M. Viller, de 1930 e que Karl Rahner retrabalha em alemão e publica como Aszese und Mystik in der Väterzeit [4] (Freiburg, Herder, 198, em nova edição), mas que foi inicialmente publicado em 1939[5], como resultado destas linhas de estudo que o ocupavam, então [6].


[1] 2) 1932 – Le début d´une doctrine des cinq sens spirituels chez Origène, Revue d’Ascetique et de Mystique 13 (1932), 113-145. Republicado como Die “geistlichen Sinne” nach Origenes, ZkTh, XII, e como The Doctrine of the “Spiritual Senses” according to Origen 16.06, 81-103.
[2] Daniel T. Pekarske, SDS, in Abstracts of Karl Rahner´s Theological Investigations 1-23. Marquette University Press, 2nd. Ed. 2006, 439.
[3] 4) 1933 - La doctrine des ‘sens spirituels’ au Moyen-Âge. En particulier chez St. Bonaventure, Revue d’Ascetique et de Mystique 14 (1933), 265-299. Republicado como Die Lehre von den “geistlichen Sinne” im Mittelalter: der Beitrag Bonaventuras, ZKTh, XII, e como The Doctrine of the “Spiritual Senses” in the Middle Ages, 16.07, 104-134.[4] Ascese e mística na era Patrística.
[5] 89) 1939 - Aszese und Mystik in der Väterzeit (M. Viller – KR), Freiburg i. B. 1939. Trata-se da tradução de um livro francês de seu colega jesuíta Marcel Viller sobre o misticismo durante os primeiros seiscentos anos do pensamento e da prática cristã. A tradução de Rahner contém acréscimos, uma pesquisa atualizada e sugestões para estudos futuros, e uma elaborada bibliografia apropriada para a audiência alemã de Rahner. Ao final, a tradução de Rahner tem o dobro do número de páginas do original.[6]Cf. Cardeal K. Lehmann, in The Content of Faith 2.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Quem é o jesuíta Karl Rahner ?


Primeira Parte:
Na primavera de 1922, Karl Rahner contou a seu irmão Hugo o desejo de também entrar na Companhia de Jesus[1]. Os jesuítas haviam sido readmitidos na Alemanha por um decreto de antes do final da monarquia.
Mas, para falar rigorosamente, tínhamos sido proscritos desde o tempo de Bismark até 1916 ou 1917. Evidente que muito disso era apenas no papel. De qualquer modo, não tínhamos casas na Alemanha de modo a que mesmo o noviciado que eu frequentei estava localizado em Voralberg, no solo Austríaco. Hoje ele não existe mais[2].
Já no noviciado, depois de três meses de educação humanística, em 1924, KR inicia seus estudos de filosofia em Feldkirch, Voralberg, na Áustria, e em Pullach, perto de Munich, onde ele permanece entre os anos de 1924 a 1927. É quando ele publica o primeiro texto: Porque precisamos de orar.
Os anos de 1925 a 1927 foram dedicados ainda à formação, tendo Rahner deixado a Áustria e retornado à Alemanha, mas por pouco tempo. Ainda em 1927, Rahner volta à Áustria e na mesma cidade de Feldkirch, onde iniciara seu noviciado, Rahner segue o costume jesuíta da época e leciona latim para o juniorado por dois anos, período no qual Alfred Delp, seu irmão jesuíta - membro da resistência executado em Berlim, em fevereiro de 1945 - foi seu aluno.
Eu acho que posso dizer com certo orgulho, mas sem presunção, que Delp e eu éramos bons amigos. Ele era um dos que precisava ¨polir¨ o seu latim no noviciado. Depois fomos juntos para Valkenburg. Mesmo depois, nunca nos afastamos. Quando eu estava trabalhando em Viena o visitei, pouco antes de ele ser preso. Ele escreveu o primeiro livro católico sobre a filosofia de Heidegger [3].


[1] Em 20.04.1922, KR entra no noviciado da Companhia de Jesus, Feldkirch, em Voralberg, na Áustria.
[2] KRR 36-37.
[3] KRR 39.