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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Vejam que curiosas as informações do monsenhor André Sampaio sobre a diplomacia.


DIPLOMACIA

A diplomacia é a arte e a prática de conduzir as relações exteriores ou os negócios estrangeiros de um determinado Estado ou organização internacional. Geralmente, é empreendida por intermédio de diplomatas de carreira e envolve assuntos de guerra e paz, comércio exterior, promoção cultural, coordenação em organizações internacionais e outras organizações.

Convém distinguir entre diplomacia e política externa - a primeira é uma dimensão da segunda. A política externa é definida em última análise pela Chefia de Governo de um país ou pela alta autoridade política de um sujeito de direito internacional; já a diplomacia pode ser entendida como uma ferramenta dedicada a planejar e executar a política externa, por meio da atuação de diplomatas.

As relações diplomáticas são definidas no plano do direito internacional pela Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (CVRD), de 1961. 

Figurativamente, ou de forma coloquial, chama-se diplomacia o uso de delicadeza ou os bons modos, ou, ainda, astúcia para tratar qualquer negócio.

A faculdade de praticar a diplomacia é um dos elementos definidores do Estado, razão pela qual aquela tem sido exercida desde a formação das primeiras cidades-Estado, há milênios. 

Na Antiguidade e na Idade Média, os diplomatas eram quase sempre enviados apenas para negociações específicas, retornando com a sua conclusão. A história registra como primeiros agentes diplomáticos permanentes os apocrisiários, representantes do Papa e de outros Patriarcas católicos junto a Bizâncio. Também exerciam suas funções de modo permanente os procuratores in Romanam Curiam, representantes dos soberanos europeus junto ao Papa em Roma. Com estas duas instituições (apocrisiários e procuratores) surgiram os primeiros conceitos do que viria a ser a diplomacia moderna, como as instruções, as credenciais e as imunidades. Os representantes diplomáticos do Papa são os Núncios Apostólicos e o corpo diplomático é composto de sacerdotes do clero diocesano.

A origem da diplomacia moderna pode ser encontrada nos Estados da Itália Setentrional, no começo do Renascimento, com o estabelecimento das primeiras Missões diplomáticas no século XIII. A primeira Missão diplomática permanente foi estabelecida por Milão em 1446 junto ao governo de Florença. No norte da Itália surgiram diversas das tradições da diplomacia, como a apresentação de credenciais dos embaixadores estrangeiros ao Chefe de Estado.

Dentre as grandes potências europeias, a Espanha foi a primeira a manter um representante permanente no exterior - na corte inglesa, a partir de 1487. No final do século XVI, o estabelecimento de Missões permanentes já se havia tornado frequente na Europa.

Naquela época,[carece de fontes] a ideia de um diplomata era a definição de Henry Wotton: "um homem correto enviado ao estrangeiro para mentir por sua pátria", como disse quando em missão em prol da Inglaterra em Augsburgo, em 1604.

Ao instituir o sistema do equilíbrio europeu, a Paz de Vestfália (1648) consolidou a necessidade das Missões diplomáticas permanentes, por meio das quais os Estados europeus buscavam criar ou preservar alianças.

Como os embaixadores eram, como regra geral, membros da nobreza ou políticos com pouca experiência em relações exteriores, criou-se uma crescente base de diplomatas profissionais nas Missões no exterior. Na mesma época, começavam a ser estruturados os Ministérios do Exterior nas principais capitais europeias.

Com a presença permanente de enviados diplomáticos nas capitais europeias, surgiram conceitos como o de precedência, que organizava os chefes de Missão estrangeiros em ordem de importância. As regras a esse respeito variavam de país para país e eram com frequência confusas, distinguindo entre representantes de monarquias e repúblicas, ou conforme a religião oficial do Estado acreditante. O Congresso de Viena de 1815 criou um sistema de precedência diplomática, mas o tema continuou a ser fonte de discordância até o século XX, quando foi regulado definitivamente, pelo art. 16 da CVRD.

A primeira Embaixada enviada por um Estado europeu ao Oriente foi a da Inglaterra junto ao imperador mogol, em 1615.5 As tradições diplomáticas fora da Europa diferiam em muito das europeias, especialmente no que se refere aos grandes impérios como o Otomano ou o chinês, que se consideravam superiores aos outros Estados. Por fim, a expansão europeia nos séculos XVIII e XIX levou consigo a prática diplomática daquele continente, tornando-a universal.

Consideram-se funções tradicionais da diplomacia as tarefas de negociar, informar e representar.

A tarefa de negociar consiste em manter relações com o objetivo de concluir um acordo. O diplomata negocia em nome e por conta do Estado que representa, com o propósito de defender os interesses daquele Estado. Quanto ao número de partes, a negociação pode ser bilateral ou multilateral. A negociação bilateral dá-se entre duas partes. A multilateral envolve mais de duas partes e costuma ocorrer no âmbito de conferências ou de organizações internacionais.

A tarefa de informar define-se como o dever e a prerrogativa do diplomata no sentido de inteirar-se por todos os meios lícitos das condições existentes e da evolução dos acontecimentos de um determinado Estado e comunicá-las ao governo do seu Estado. Em geral, esta função é desempenhada por diplomatas acreditados junto ao governo do Estado acerca do qual informam.

A função de representar inclui a tarefa de fazer patente a presença do Estado representado em eventos internacionais ou estrangeiros (no jargão diplomático, "mostrar a bandeira"). Inclui, também, em certos casos, o recebimento de poderes do Estado representado para, em nome e por conta deste último, praticar atos de interesse daquele Estado.

Modernamente, costuma-se incluir entre as funções da diplomacia as de promover o comércio exterior ("promoção comercial") e a imagem do Estado representado ("diplomacia pública").

O direito internacional reconhece aos Estados a faculdade de exercer proteção diplomática sobre os interesses de seus nacionais. Assim sendo, dentro dos limites do direito internacional, uma Missão diplomática pode defender os interesses de uma empresa ou de um indivíduo de seu país.

O termo "diplomacia parlamentar" foi criado em 1955 por Dean Rusk para designar as negociações multilaterais que ocorrem no âmbito da ONU e foi posteriormente estendido às demais organizações internacionais. A diplomacia parlamentar distingue-se por ocorrer no seio de organização internacional, seguir regras de procedimento e contar com debate permanente (assemelhando-se, portanto, ao que ocorre com os parlamentos nacionais). Mais recentemente, encontram-se também referências à diplomacia parlamentar como sendo a conduzida pelos membros dos parlamentos nacionais.

O Estado mantém relações diplomáticas por intermédio de órgãos especializados. Tais órgãos costumam organizar-se em torno de um Ministério do Exterior (ou denominação semelhante: ministério das relações exteriores, ministério dos negócios estrangeiros, departamento de relações exteriores, departamento de estado, secretaria de relações exteriores etc.) e contar com um quadro de profissionais que representam o Estado junto a outros governos, o chamado "serviço diplomático".

Ao lado da diplomacia profissional, os Estados também lançam mão de missões temporárias ao exterior ("diplomacia ad hoc") para desempenhar determinada função (negociar um tratado, por exemplo). Este tipo de missão pode envolver outros órgãos do Estado, como os ministérios de comércio, fazenda, agricultura, defesa etc.

A Missão diplomática é constituída por um grupo de funcionários de um Estado (Estado acreditante) ou organização internacional, presentes no território de outro Estado (Estado acreditado ou acreditador), cujo objetivo é representar o Estado acreditante perante o Estado acreditado. Em termos práticos, costuma ser uma Missão permanente de um Estado localizada na capital de outro Estado.

Denomina-se "diplomata" o funcionário pertencente ao serviço diplomático de um Estado; "Missão diplomática", um grupo de diplomatas de mesma nacionalidade acreditados junto a um Estado estrangeiro. O conjunto de diplomatas de todas as nacionalidades presentes no território de um determinado Estado denomina-se "corpo diplomático". O corpo diplomático acreditado em uma determinada capital costuma ter um "decano" (o embaixador há mais tempo naquela capital; em alguns lugares, a posição é reservada ao núncio apostólico), com função de porta-voz dos interesses do conjunto dos diplomatas estrangeiros.

As Missões diplomáticas podem ser de um dentre três níveis, a depender da classe do chefe da missão:

Embaixada, chefiada por um embaixador: nível mais elevado de uma Missão diplomática. As Embaixadas estabelecidas pela Santa Sé costumam chamar-se Nunciaturas Apostólicas e ser chefiadas por Núncios.

Legações, chefiadas por ministros plenipotenciários (ou Inter-Núncios, no caso da Santa Sé).
Encarregaturas de Negócios, chefiadas por encarregados de negócios, o nível mais baixo de uma Missão diplomática.

Na prática, atualmente as Missões diplomáticas são chefiadas por embaixadores. A maioria das Missões de outro nível foi elevada à categoria de Embaixada logo após a Segunda Guerra Mundial.

Convém não confundir o titular de uma Encarregatura de Negócios (o encarregado de negócios) - nível de representação diplomática hoje extremamente raro - com a função temporária de Encarregado de Negócios ad interim (ou a.i.), correspondente ao diplomata que assume a chefia provisória de uma Missão diplomática na ausência do titular (o embaixador).

Em geral, as Missões diplomáticas no exterior reportam-se a e recebem instruções do respectivo Ministério do Exterior (ou dos Negócios Estrangeiros).

A imunidade diplomática é uma forma de imunidade legal e uma política entre governos que assegura às Missões diplomáticas inviolabilidade, e aos diplomatas salvo-conduto, isenção fiscal e de outras prestações públicas (como serviço militar obrigatório), bem como de jurisdição civil e penal e de execução.

O padroeiro dos diplomatas e do exercício da diplomacia é o São Gabriel.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Para refletir: o mais íntimo é o mais universal !

What Is Most Personal Is Most Universal



We like to make a distinction between our private and public lives and say, “Whatever I do in my private life is nobody else’s business.”

But anyone trying to live a spiritual life will soon discover that the most personal is the most universal, the most hidden is the most public, and the most solitary is the most communal. What we live in the most intimate places of our beings is not just for us but for all people.

That is why our inner lives are lives for others. That is why our solitude is a gift to our community, and that is why our most secret thoughts affect our common life.

Jesus says, “No one lights a lamp to put it under a tub; they put it on the lamp-stand where it shines for everyone in the house” (Matthew 5:14-15). The most inner light is a light for the world. Let’s not have “double lives”; let us allow what we live in private to be known in public.









Henri J. M. Nouwen


http://wp.henrinouwen.org/daily_meditation_blog/

Retiro Inaciano com um grande pregador: pe. Manoel Eduardo IGLESIAS SJ. Faça a experiência !


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Divulgo este espaço dedicado à vida e à obra do pe. Libanio, com muito gosto e gratidão por tudo que aprendi dele e com ele.

clique aqui:  J.B. Libano


Ícone dos 21 mártires coptas da Líbia


"Sê fiel até a morte e eu te darei a coroa da vida” 
"Sii fedele fino alla morte e ti darò la corona della vita" (Ap 2,10).


"Nenhuma diferença de língua, de ritos, de calendários, de formulações teológicas, nenhuma disputa secular resiste diante do fato que estes coptas – como todos os seus coirmãos mártires de outras confissões – são simplesmente “cristãos”, discípulos de Cristo com toda a sua vida, até morrer", a opinião é do monge e teólogo italiano Enzo Bianchi, prior e fundador da Comunidade de Bose, em artigo publicado pelo jornal La Stampa, 22-02-2015. A tradução é de Benno Dischinger.

Eis o artigo.

Neste ano as Igrejas cristãs não celebrarão na mesma data a festa da Páscoa: não obstante, apesar de chegarem de muitas partes, e em particular do patriarca da Igreja copta Tawadros, repetidos convites a celebrar juntos a fé na ressurreição de Jesus Cristo, este sinal eloqüente ainda não é possível. Em consequência, nem sequer a quaresma encontra coincidência de datas. No entanto, trágicas vivências destes dias colocaram em comum todas as igrejas cristãs nos sofrimentos e nas lágrimas, precisamente no momento no qual as do Ocidente entram no período de conversão e arrependimento em preparação da Páscoa.

Assim, o metropolita Onufrio de Kiev, primaz da Igreja ortodoxa ucraniana, num acurado apelo aos fiéis e aos concidadãos, convidou a viver os dias habitualmente festivos que precedem a quaresma num clima de prece, de jejum e de arrependimento: “fazendo memória da tragédia sangrenta de Maidan – escreve o metropolita – e recordando os milhares de vítimas que houve no ano passado na parte oriental do país, recordando que também hoje, talvez neste exato momento, o povo dali está perdendo a vida, a Igreja ortodoxa da Ucrânia anula todas as festividades que por tradição se celebram neste período do ano. Convido os representantes da cultura e das artes, a mídia, todos os nossos concidadãos a unir-se em tal iniciativa. Este não é o momento de diversões e de gozos. É o momento da prece e do jejum, o momento da expiação dos pecados pelo futuro do nosso país e daqueles que nele viverão”.

Mas, o evento sanguinolento que de modo ainda mais perturbador uniu os cristãos de todas as confissões foi o bárbaro assassinato na Líbia de vinte e um operários cristãos coptas, trucidados por mãos do Estado Islâmico. O Papa Francisco, recebida a notícia, não hesitou em realizar um gesto litúrgico inaudito, comemorar numa eucaristia católica cristãos de outra confissão: “Oferecemos esta Missa pelos nossos vinte e um irmãos coptas, degolados pelo simples motivo de serem cristãos... rezamos por eles, que o Senhor como mártir os acolha, pelas suas famílias, pelo meu irmão [o Patriarca copta] Tawadros que sofre tanto”.

Palavras de grande intensidade espiritual, antes ainda que de profunda comparticipação na dor. E a evocação do termo ”martírio” não é casual. A mídia de todo o mundo, de fato, retomou quanto foi difundido pelos ambientes coptas: aqueles simples operários imigrantes, no momento em que eram trucidados invocaram o nome de Jesus Cristo e se confiaram a Ele, não renegaram sua fé que constituía o único motivo daquela morte violenta. As imagens provêem de uma localidade desconhecida da Líbia, às margens do Mediterrâneo e foram realizadas e difundidas com as mais requintadas técnicas modernas, e, no entanto nos referem diretamente aos Acta martyrum, aquelas escassas, mas eficazes narrações do martírio sofrido por cristãos dos primeiros séculos – alguns mortos pelas mesmas lides do ecídio destes dias – os quais, diante dos tribunais, de milícias armadas, juízes e imperadores, confirmavam com sua morte o sentido que tinham dado às suas vidas.

Eram pessoas simples esses cristãos coptas, emigrados para trabalho, preocupados pelas famílias deixadas em El Minya no Egito, assim como eram simples operários católicos aqueles catorze croatas degolados há vinte anos num canteiro de obras perto do Mosteiro de Tibhirine na Algéria, no cume do trauma fundamentalista vivido por aquele país.

Como todos os seus coirmãos, estes coptas – dos quais nos é caro referir aqui todos os nomes: Milad, Abanub, Maed, Yusuf, Kirollos, Bishoy e seu irmão Somali, Malak, Tawadros, Girgis, Mina, Hany, Bishoy, Samuel, Ezat, Loqa, Gaber, Esam, Malak, Sameh e um operário “da aldeia de Awr” que ficou sem nome – carregavam no pulso desde seu batismo uma única tatuagem, a cruz de Cristo, para que, se até as palavras não tivessem podido expressar sua fé, esta era testemunhada pela sua carne. É o ecumenismo do sangue, frequentemente evocado pelo Papa Francisco: dos bárbaros assassínios vem o paradoxal reconhecimento que os discípulos do Senhor são “uma só coisa”, entre eles e com o seu Senhor.

Nenhuma diferença de língua, de ritos, de calendários, de formulações teológicas, nenhuma disputa secular resiste diante do fato que estes coptas – como todos os seus coirmãos mártires de outras confissões – são simplesmente “cristãos”, discípulos de Cristo com toda a sua vida, até morrer. Às vezes o mártir é eliminado porque as suas palavras e os seus gestos perturbaram a quem opera impunemente o mal – se pense no bispo Romero ou em dom Pino Puglisi – o mártir é morto por aquilo que “tem feito”, outras vezes, como aqui, simplesmente por aquilo que “é” e não renuncia a ser: um testemunho de Cristo.

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/540114-os-21-cristaos-coptas-assassinados

O Salmo 50 (51), Miserere, um dos mais belos atos de contrição, costuma ser rezado às sextas-feiras da Quaresma, nas laudes da Liturgia das Horas.



Sl 50 (51) Tende piedade, ó meu Deus!

 3 Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! *
  Na imensidão de vosso amor, purificai-me!
4 Lavai-me todo inteiro do pecado, *
  e apagai completamente a minha culpa!

5 Eu reconheço toda a minha iniquidade, *
  o meu pecado está sempre à minha frente.
6 Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, *
  e pratiquei o que é mau aos vossos olhos!

Mostrais assim quanto sois justo na sentença, *
  e quanto é reto o julgamento que fazeis.
7 Vede, Senhor, que eu nasci na iniquidade *
 e pecador minha mãe me concebeu.

8 Mas vós amais os corações que são sinceros, *
  na intimidade me ensinais sabedoria.
9  Aspergi-me e serei puro do pecado, *
  e mais branco do que a neve ficarei.

10 Fazei-me ouvir cantos de festa e de alegria, *
  e exultarão estes meus ossos que esmagastes.
11 Desviai o vosso olhar dos meus pecados *
  e apagai todas as minhas transgressões!

12 Criai em mim um coração que seja puro, *
  dai-me de novo um espírito decidido.
13 ó Senhor, não me afasteis de vossa face, *
  nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

14 Dai-me de novo a alegria de ser salvo *
  e confirmai-me com espírito generoso!
15 Ensinarei vosso caminho aos pecadores, *
  e para vós se voltarão os transviados.

16 Da morte como pena, libertai-me, *
  e minha língua exaltará vossa justiça!
17 Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar, *
  e minha boca anunciará vosso louvor!

18 Pois não são de vosso agrado os sacrifícios, *
  e, se oferto um holocausto, o rejeitais.
19 Meu sacrifício é minha alma penitente, *
  não desprezeis um coração arrependido!

20 Sede benigno com Sião, por vossa graça, *
  reconstruí Jerusalém e os seus muros!
21 E aceitareis o verdadeiro sacrifício, *
  os holocaustos e oblações em vosso altar!

domingo, 22 de fevereiro de 2015

O amor do coração do Senhor não é apenas humano, mas também divino, revelador de que o amor e não apenas a raiva é a primeira e a última palavra de Deus ao mundo.

O amor do coração do Senhor não é apenas humano, mas também divino, revelador de que o amor e não apenas a raiva é a primeira e a última palavra de Deus ao mundo (Karl Rahner, em Some Thesis for a theology of devotion to the Sacred Heart).


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Renovando a face da Terra. Reflexões quaresmais em torno da ecologia





Em 2015, o Papa Francisco vai lançar uma encíclica muito aguardada sobre o cuidado da criação, com um chamado à luta contra as mudanças climáticas e à proteção da criação de Deus. Em preparação para a encíclica e a Páscoa, os jesuítas da rede Ignatian Solidarity Network (ISN) oferecem uma série de reflexões quaresmais em torno do tema Renewing the face of the Earth (Renovando a face da Terra).

Autores de todo o mundo irão oferecer breves reflexões a partir de suas experiências de cuidado da criação e das leituras do dia. Essas reflexões diárias vão examinar a nossa fé e o modo como praticamos o cuidado ambiental.

Do Dia Mundial da Água até o quinto domingo da Quaresma, passando por questões em torno das mudanças climáticas, esperamos que esta série de reflexões quaresmais aprofunde o nosso compromisso com a nossa fé e a promoção da justiça.

A Ignatian Solidarity Network (ISN) é uma rede de justiça social que reúne universidades, colégios, paróquias, junto com diversas outras instituições católicas e parceiros seculares. Fundada em 2004, a rede se inspira na espiritualidade de Santo Inácio de Loyola.

A reflexão desta Quarta-Feira de Cinzas foi escrita por Andy Alexander, SJ, diretor do Ministério Colaborativo da Creighton University e cofundador do site Online Ministries. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Nota: A IHU On-Line buscará reproduzir diariamente os textos.

Eis o texto.

A Quarta-Feira de Cinzas é um dia maravilhoso para começar a nossa série sobre justiça ambiental – com as cinzas sobre as nossas testas, sob a forma de uma cruz. Hoje, somos sinais de que viemos da terra e de que voltaremos para a terra. Somos chamados a "converter-nos e crer no Evangelho".

A Quaresma não é uma jornada na tentativa de fazer coisas para agradar a Deus. Em vez disso, queremos utilizar os meios da oração, do jejum, da penitência e da caridade para abrir os nossos corações aos dons de um encontro pessoal renovado que Deus quer nos dar.

Através desta série, pedimos as graças que a 35ª Congregação Geral da Companhia de Jesus chamou de uma "missão de reconciliação", uma conversão a "relações justas com Deus, com os outros e com a criação" (CG 35, Decreto 3, #12).

Hoje, podemos pedir: "Senhor, reorienta todo o meu coração para ti, de novas formas". Peçamos uma consciência e uma compaixão crescentes para com aqueles que sofrem assim como o nosso planeta sofre. Façamos esta jornada com os corações mais sintonizados com aqueles que são mais afetados pelo privilégio, pela ganância, pelo consumo excessivo, pelo abuso da nossa casa comum.

Que esta Quaresma nos mova em direção a uma renovação do espírito – para nos voltarmos ao nosso Senhor com "todo o nosso coração".

Questões para reflexão:

A que renovação sou convidado na minha relação com Deus, com os outros, com a criação?
O que mais eu poderia fazer na minha oração, nas minhas leituras, nos meus hábitos, no meu trabalho, na minha pregação, na minha luta para expressar a minha reconciliação com a criação?


Renovando a face da Terra. Reflexões quaresmais em torno da ecologia

Veja também:  

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/537460-papa-francisco-deve-publicar-enciclica-sobre-mudanca-climatica-e-meio-ambiente-em-2015

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/539315-protecao-da-criacao-uma-enciclica-entre-expectativas-e-ceticismo

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/530957-enciclica-verde-de-bergoglio-falara-sobre-a-protecao-da-criacao

VAMOS FALAR SOBRE O V SIMPÓSIO INTERNACONAL DE TEOLOGIA ???

O V SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TEOLOGIA HOMENAGEIA DOIS EVENTOS: OS 50 ANOS DO FINAL DO CONCÍLIO VATICANO II E OS 50 ANOS DA REVISTA CONCILIUM, com o tema:

“Caminhos de Libertação: Alegrias e Esperanças para o Futuro”
“Journeys of Liberation: The Joys and Hopes for the Future”


O Concílio Vaticano II, iniciado em 1962 e encerrado em 1965, representou um marco não apenas para a Teologia, mas para toda a vida da Igreja. Desde o discurso inaugural do Papa João XXIII, na abertura do evento, ficou claro para a sociedade como um todo e para a Igreja em particular, que aquele era um concílio diferente dos outros tantos já acontecidos na história. Pois não se preocupava tanto em julgar o passado, mas sim em abrir o futuro a fim de que o diálogo entre a Igreja e o mundo moderno e secularizado pudesse, finalmente, acontecer.

Reformas importantes aconteceram na liturgia, no modelo de compreensão do que fosse a Igreja, na forma de entender e realizar a pastoral, no relacionamento com outras igrejas e religiões. Na Teologia, o eixo central e ponto de partida passou a ser antropocêntrico, e não mais teocêntrico como antes sucedia. A Igreja Católica desejava olhar para o ser humano, suas angústias e dificuldades, mas também suas alegrias e esperanças para elaborar seu discurso de inteligência da fé.

A revista Concilium, fundada no mesmo ano em que terminou o Vaticano II – 1965 – pretendia oferecer ao povo de Deus uma reflexão teológica em profunda e fina sintonia com as propostas conciliares, a fim de formar e motivar as novas gerações a que se voltassem para a sociedade e a história, e a partir daí vivessem sua fé e agissem em coerência com a mesma.

Publicada há 50 anos, cinco vezes ao ano, Concilium é uma revista de teologia que deseja atingir o mundo inteiro. Seus editores e participantes constituem uma equipe de alto nível em termos do mundo acadêmico. E não se compõe sua equipe apenas de nomes já consagrados na teologia católica, mas igualmente de novas vozes vindas de várias partes do mundo e que, com sua nova visão, enriquecem a revista.

O objetivo da Concilium é, pois, promover debate e discussão teológica no espírito do Vaticano II, a partir do qual nasceu e se consolidou. Trata-se de uma revista católica no sentido mais amplo do termo: enraizada firmemente na herança católica, aberta a outras tradições cristãs e a outras tradições religiosas existentes no mundo. Cada número da Concilium se centra sobre um tema de crucial importância e abrangente alcance para o nosso tempo.

As contribuições dos artigos e ensaios da revista vêm da Ásia, África, América do Sul e do Norte e da Europa. Publicada em seis idiomas, Inglês, Alemão, Italiano, Português, Espanhol e Croata, a revista reflete verdadeiramente as múltiplas facetas de nossa sociedade plural e de uma Igreja desejosa de dialogar com esta pluralidade.

É no sentido de celebrar este jubileu tão importante – 50 anos de existência de uma teologia em sintonia com os tempos e as culturas de hoje – que a Comissão Organizadora do Departamento de Teologia da PUC-Rio propõe o V Simpósio de Teologia, a realizar-se do dia 26 ao dia 28 de maio de 2015, com o tema Caminhos de Libertação: Alegrias e Esperanças para o Futuro.

RETIRO QUARESMAL CEI-JESUíTAS: "Senhor, que minha vida seja aberta e compartilhada fraternalmente, como discípulo missionário de Jesus...".










































Textos da Semana Introdutória:


* Quarta-feira de cinzas (18/02):
Mt 6,16.16-18 - Graça: "... de compartilhar fraternalmente o que tem, pois não somos donos de nada, apenas administradores dos bens do Reino".

* Quinta-feira depois das cinzas (19/02):
Lc 9,22-25 - Graça: "Que meus desejos por Ti, Senhor, me levem ao lugar que para mim preparaste...".

*Sexta-feira depois das cinzas (20/02):
Mt 9,14-15 - Graça: "Senhor, que minha vida seja aberta e compartilhada fraternalmente, como discípulo missionário de Jesus...".

*Sábado depois das cinzas (21/02):
Lc 5, 27-32 - Graça: "Senhor, faz-me mais misericordioso, como o Pai é misericordioso! Que eu me aproxime das pessoas mais necessitadas e carentes".

É HOJE. Sexta-feira da Quaresma, dia de Jejum e Oração pela paz !


Vós, que subistes a Jerusalém para sofrer a Paixão, e assim entrar na glória, conduzi vossa Igreja à Páscoa da eternidade. 

Vós, que, elevado na cruz, deixastes a lança do soldado vos traspassar, curai as nossas feridas.

Vós, que transformastes o madeiro da cruz em árvore da vida, concedei os frutos dessa árvore aos que renasceram pelo batismo.

Vós, que, pregado na cruz, perdoastes o ladrão arrependido, perdoai-nos também a nós pecadores.

das Laudes, cf postado home no FB, pela Irmã Graça Maria

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Jesus, you are the One.

Contudo, faço tanto barulho dentro de mim... Ei, Quarema, me ajude a ser menos e menor...

Sugestões para a Quaresma. Prometo meditar cada dia sobre UMA ! Começo pela última ...





As this season of Lent approaches, many of us think about something to “give up.”

Unfortunately, these things often have little impact up on our life and walk with Christ.

With that said, I would like to offer up 40 things you might consider giving up for Lent this year.

There is one for each day of the season. And these are things to give up not just for Lent, but for the rest of your life.

Fear of Failure – You don’t succeed without experiencing failure. Just make sure you fail forward.

Your Comfort Zone – It’s outside our comfort zones where new discoveries are made.

Feelings of Unworthiness – You are fearfully and wonderfully made by your creator. (see Psalm 139:14

Impatience – God’s timing is the perfect timing.

Retirement – As long as you are still breathing, you are here for a reason. You have a purpose to influence others for Christ. Our work is not always tied to a paycheck.

People Pleasing – I can’t please everyone anyways. There is only one I need to strive to please.

Comparison – I have my own unique contribution to make and there is no one else like me.

Blame – I am not going to pass the buck. I will take responsibility for my actions.

Guilt – I am loved by Jesus and he has forgiven my sins. Today is a new day and the past is behind.

Overcommitment – Do less better and accomplish more.

Lack of Counsel – Wise decisions are rarely made in a vacuum.

Impurity – Live lives pure and without blemish.

Entitlement – The world does not owe me anything. God does not owe me anything. I live in humility and grace.

Apathy – Life is too short not to care.

Hatred – Do not be overcome by evil, but overcome evil with good (Romans 12:21

Negativity – I will put the best construction on everything when it comes to other people. I will also minimize my contact with people who are negative and toxic.

The Spirit of Poverty – Believe that with God there is always more than enough and never a lack.
Going Through the Motions – The more you invest yourself, the more you will get back.

Complaint – Instead of contributing to the problem, be the solution.

The Pursuit of Happiness – God wants something greater and more lasting than happiness. It is called joy.

Bitterness – The only person I am hurting by holding on to this is myself.

Distraction – Life is filled with distractions that will take our eyes off the prize.

Giving up – God never gives up on us.

Mediocrity – If you are going to do something, then give it all you got.

Destructive Speech – Encourage one another and all the more as you see the day approaching (see Hebrews 10:25).

Busyness – It is a badge of honor to be busy. But that does not always translate to abundance.

Loneliness – With Jesus I am never alone. He is with me wherever I go.

Disunity – If two of you agree on earth about anything, it will be done for them by the Heavenly Father (see Matthew 18:19)

The Quick Fix – Rarely does true transformation happen overnight.

Worry – God is in control and worrying will not help.

Idolizing – Don’t assign anyone a standard they cannot live up to.

Resistance to Change – Change is certain. It is not if we will change, but how we will change.
Pride – Blessed are the humble.

Small View of God – Don’t tell God how big your problem is, tell your problem how big your God is.

Envy – I am blessed. My value is not found in my possessions, but in my relationship with my Heavenly Father.

Ungratefulness – You have been blessed in a way greater than you realize.

Selfish Ambition – God has a mission for me that is bigger than me.

Self-Sufficiency – Jesus is my strength. I can do all things through him (see Philippians 4:13)

Sorrow – Weeping may tarry for the night, but joy comes in the morning (Psalm 30:5b)

My Life – Whoever loves his life loses it, and whoever hates his life in this world will keep it for eternal life (John 12:25).

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Salvemos o dramático da vida no humano !


Este Blog canta a vida com toda a sua dramaticidade!




Vamos lutar por esta dramaticidade e não pela absurdidade de Vias Crucis em 2015 !


O que está nas estrelas é que somos, sim, diferentes, mas humanos !!!

Não haverá mais quem se ajoelhe diante do mal ! Não é isto que está escrito para o homem nem nas estrelas, nem na terra.




da Ópera Aída, de Elton John... para que se levantem os homens de bem !

Que os homens de boa vontade gritem, cantem, chorem, mas que isso tenha fim !


Que venha a beleza, a justiça e a humanidade, sobretudo !

Quarta Feira de Cinzas


Com a imposição das cinzas, inicia-se uma estação espiritual particularmente relevante para todo cristão que quer se preparar dignamente para viver o Mistério Pascal, quer dizer, a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus.

Este tempo vigoroso do Ano litúrgico se caracteriza pela mensagem bíblica que pode ser resumida em uma palavra: " matanoeiete", que quer dizer "Convertei-vos". Este imperativo é proposto à mente dos fiéis mediante o austero rito da imposição das cinzas, o qual, com as palavras 
"Convertei-vos e crede no Evangelho" 
e com a expressão 
"Lembra-te de que és pó e para o pó voltarás", 

convida a todos a refletir sobre o dever da conversão, recordando a inexorável caducidade e efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.

A sugestiva cerimônia das cinzas eleva nossas mentes à realidade eterna que não passa jamais, a Deus; princípio e fim, alfa e ômega de nossa existência. 



A conversão não é, com efeito, nada mais que um voltar a Deus, valorizando as realidades terrenas sob a luz indefectível de sua verdade. Uma valorização que implica uma consciência cada vez mais diáfana do fato de que estamos de passagem neste fadigoso itinerário sobre a terra, e que nos impulsiona e estimula a trabalhar até o final, a fim de que o Reino de Deus se instaure dentro de nós e triunfe em sua justiça.

Sinônimo de "conversão", é também a palavra "penitência" …
Penitência como mudança de mentalidade. Penitência como expressão de livre positivo esforço no seguimento de Cristo.

Tradição
Na Igreja primitiva, variava a duração da Quaresma, mas eventualmente começava seis semanas (42 dias) antes da Páscoa.

Isto só dava por resultado 36 dias de jejum (já que se excluem os domingos). No século VII foram acrescentados quatro dias antes do primeiro domingo da Quaresma estabelecendo os quarenta dias de jejum, para imitar o jejum de Cristo no deserto.

Era prática comum em Roma que os penitentes começassem sua penitênica pública no primeiro dia de Quaresma. Eles eram salpicados de cinzas, vestidos com saial e obrigados a manter-se longe até que se reoconciliassem com a Igreja na Quinta-feira Santa ou a Quinta-feira antes da Páscoa. Quando estas práticas caíram em desuso (do século VIII ao X) o início da temporada penitencial da Quaresma foi simbolizada colocando cinzas nas cabeças de toda a congregação.

Hoje em dia na Igreja, na Quarta-feira de Cinzas, o cristão recebe uma cruz na fronte com as cinzas obtidas da queima das palmas usadas no Domingo de Ramos do ano anterior. Esta tradição da Igreja ficou como um simples serviço em algumas Igrejas protestantes como a anglicana e a luterana. A Igreja Ortodoxa começa a quaresma a partir da segunda-feira anterior e não celebra a Quarta-feira de Cinzas.



publicação do post do Monsenhor André Sampaio, por ele autorizada.
Prometi, o pe. Ulpiano autorizou, e aqui vai a homilia de todas as Quaresmas da minha vida. Que esse grito imperativo do Senhor possa ressoar por todas as nossas Quaresmas: VOLTE PARA MIM !


Mc 1, 12-15:
12Imediatamente o Espírito impeliu Jesus para o deserto.
13Durante quarenta dias, no deserto, ele foi tentado por Satanás.
Vivia com as feras, e os anjos o serviam.
14Depois que João fora entregue, Jesus veio para a Galiléia. Ele proclamava o Evangelho de Deus e dizia:
15”Cumpriu-se o tempo, e o Reinado de Deus aproximou-se: convertei-vos e crede no Evangelho”.

Acabei de anunciar aqui as palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo no início da sua pregação. Como Ele disse, o tempo se completou. O Reino de Deus está próximo, convertei-vos e crede no evangelho. Esta última frase, convertei-vos e crede no evangelho, é a frase da imposição das cinzas, na quarta-feira, quando o padre ou o ministro coloca as cinzas nas nossas cabeças e diz: ‘Pedro, converte-te e crê no evangelho.’
O que as cinzas aqui vão representar é o início da Quaresma, o que nós celebramos na quarta-feira e o que elas representam é esse chamado que Deus faz a cada um de nós. Converta-se.
Significa Deus dizendo a cada um de nós:
volte, volte para mim.

Quaresma significa tempo de conversão. E conversão significa isso: esse parar a nossa vida, esse desfolhar a nossa vida, esse olhar a nossa vida, olhar o caminho da nossa vida e verificar se estamos caminhando no caminho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Parar para ver se o caminho das nossas vidas é o caminho que está nos levando a Deus ou, se pelo contrário, o caminho de nossa vida passa pelo que nos afasta de Deus. Por isso essa palavra repetida na quarta-feira de cinzas, é repetida de novo hoje.
É Nosso Senhor Jesus Cristo dizendo ao coração dos homens:
volte, volte para mim.
Volte!
Volte para mim!!!

Quem é que não gostaria de voltar para Deus ? Quem é que não gostaria de voltar para Deus que é nossa felicidade? Quem é que não gostaria de voltar para Deus que é nossa alegria, que é nossa esperança, que é Aquele que sustenta a nossa vida porque sem Ele nunca nós poderíamos ser.
Volte!
Volte, não me dê as costas!

No nosso caminho, pode aparecer um caminho mais fácil, podem aparecer caminhos melhores, mas que podem não ser conforme o caminho de Deus.
Deus, Ele não vai permitir que nenhum de nós ande no caminho que nos vai quebrar a cara. Pelo contrário, Deus nos reúne aqui na Igreja para que possamos sentir no fundo de nosso coração esse chamado de Deus.
Volte, volte!
Volte !!!

O que é voltar para Deus?
Voltar para Deus é a gente voltar-se para mudar. Ninguém pode dizer eu estou voltando para Deus e continuar sendo uma pessoa pirracenta, continuar sendo uma pessoa mal humorada, continuar sendo uma pessoa que chega em casa e se tranca.
Voltar para Deus é voltar-se para a bondade. Ninguém pode dizer eu estou voltando para Deus sem querer voltar-se para as pessoas. Ninguém consegue dizer eu estou voltando para Deus, se não quer voltar-se para as pessoas.
Escuta.
Escuta a voz: volte para mim!

Voltar para Deus é voltar passando pelo caminho do outro. Voltar para Deus é voltar junto com as outras pessoas. Por isso mesmo temos a Quaresma, tempo em que Deus nos chama para voltar para Ele, em que Nosso Senhor Jesus Cristo nos chama para voltar para Ele e, de alguma maneira, nos voltarmos a outras pessoas, sobretudo aquelas a quem Deus nomeia.
Se você anda brigado com sua mulher, voltar para Deus significa que você talvez volte para dialogar com ela. Se você é uma pessoa que vive falando mal dos outros, voltar para Deus significa você voltar para realizar a bondade para a qual Deus o chama, voltar para Deus passa por não ser mais fofoqueiro, voltar para Deus passa por ver o que de bom existe nas pessoas. Você vai ter que reconhecer que é igualzinho a essa pessoa.

Voltar para Deus passa por nos preparar para sofrer a tentação. Nosso Senhor Jesus Cristo ensina como nos preparar para sofrer a tentação.
Porque isso? Porque Nosso Senhor Jesus Cristo queria passar por todos os caminhos por onde o seu povo passou. O povo de Deus que no deserto andava, no deserto descobriu Deus, no deserto adorou ídolos que não são Deus, no deserto desconfiou daqueles que Deus enviara...
Tenham a certeza, tenham a certeza, de que quem quiser voltar para Deus tem que se preparar para a tentação. Quem quiser voltar para Deus vai perceber de repente um outro caminho que parece bem mais fácil, que parece bem melhor.
Voltar para Deus é ter a necessidade e a coragem de lutar a luta que Nosso Senhor Jesus Cristo trava para que ninguém siga à procura de alguém que não é Deus, para que ninguém se engane pensando que pode voltar para Deus sem voltar-se para os outros.

Nós estamos hoje no primeiro domingo da Quaresma e Deus coloca nos nossos corações um desejo, um chamado.
Volte para mim.
Nós temos a certeza dessa volta de Nosso Senhor Jesus Cristo nos chamando para voltar para Ele porque Ele nos dá, na Eucaristia, uma força a mais para voltar para Ele. Todos nós vamos comungar recebendo o corpo e o sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Antes de comungar vamos pedir a Ele:

- Senhor, me dê a força para voltar para o Senhor,
Senhor, me dê a força para não me separar do Senhor,
Senhor, me dê a força para que neste tempo da Quaresma
eu possa ficar mais perto do Senhor,
para que nesse tempo da Quaresma a minha vida possa mudar.

Quaresma é tempo de tentação. Caminhando com Nosso Senhor Jesus Cristo e tendo a certeza de que Ele vai nos passar juntos para a vida eterna, para a vida plena, nós pedimos a Ele, a ele que é Deus, que nos dê a esperança para que possamos ter a força.
Amém.


Homilia do Pe. Ulpiano Jose Vázquez Moro, SJ
Igreja da Imaculada, celebração das 19:00 do dia 04 de março de 2006
I domingo do tempo da Quaresma, Evangelho segundo Marcos 1, 12-15

Teologia de Karl Rahner: Para lembrar que estamos na Quaresma


Teologia de Karl Rahner: Para lembrar que estamos na Quaresma

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Mia Couto




Idade 

Mente o tempo:
a idade que tenho
só se mede por infinitos.

Pois eu não vivo por extenso.

Apenas fui a Vida
em relampejo do incenso. 

Quando me acendi
foi nas abreviaturas do imenso.

Mia Couto 
No livro "Vagas e lumes"

Deus nos deu o sorriso !



Mardi Gras Tuesday 





Christian Laughter and Crying 
Karl Rahner, SJ 


Can the subject of our reflection for Mardi Gras Tuesday be anything but laughter? 

We do not mean the sublime heavenly joy that is the fruit of the Holy Spirit, nor the joy that “spiritual persons” like to talk about in soft, gentle terms (a joy that can easily produce a somewhat insipid and sour effect, like the euphoria of a harmless, balanced, but essentially stunted person). 

No, we mean real laughter, resounding laughter, the kind that make people double over and slap their thigh, the kind that brings tears to the eyes; the laughter that accompanies spicy jokes, the laughter that reflects the fact that a human being is no doubt somewhat childlike and childish. 

We mean the laughter that is not very pensive, the laughter that ceremonious people (passionately keen on their dignity) righteously take amiss in themselves and in others. 

This is the laughter we mean. Is it possible for us to reflect on this laughter? 

Yes, indeed, very much so. Even laughable matters are very serious. 

Their seriousness, however, dawns only on the one who takes them for what they are: laughable. … In the most pessimistic book of the Bible we read: “There is a time to weep and a time to laugh; a time to mourn and a time to dance” (Eccl 3:4). This is what laughter tells us first of all: there is a time for everything. 

The human being has no fixed dwelling place on this earth, not even in the inner life of the heart and mind. Life means change. Laughter tells us that if as a people of the earth we wanted to be always in the same fixed state of mind and heart, if we wanted always to brew a uniform mixture out of every virtue and disposition of the soul (a mixture that would always and everywhere be just right), laughter tells us that fundamentally this would be a denial of the fact that we are created beings. 

To want to escape from the atmospheric conditions of the soul—the human soul that can soar as high as the heavens in joy and be depressed down to death in grief—to want to escape by running under the never-changing sky of imperturbability and insensitivity: this would be inhuman. 

It would be stoical, but it would not be Christian. 

This is what laughter tells us first of all. 

It speaks to us and says, “You are a human being, you change, and you are changed, changed without being consulted and at a moment’s notice. 

Your status is the inconstancy of transformation. 

Your lot is to stop and rest at no one status. You are a manifold, incalculable being that never factors out without a remainder. The being that can be broken down into no common denominator other than that which is called God—which you are not, and never will be. 

Woe to you if, while immersed in time, you should want to be the never-changing, the eternal; you would be nothing but death, a dried up, withered person." … Laugh. For this laughter is an acknowledgement that you are a human being, an acknowledgment of God. For how else is a person to acknowledge God except through admitting in her life and by means of her life that she herself is not God but a creature, that her times—a time to weep and a time to laugh, and the one is not the other. 

A praising of God is what laughter is, because it lets a human being be human. … 

We are thinking here of that redeeming laughter that springs from a childlike and serene heart. It can exist only in one who is not a “heathen,” but who like Christ (Heb 4:15; cf. 1 Pt 3:8) has thorough love for all and each, the free, detached “sympathy” that can accept and see everything as it is: the great greatly, the small smally, the serious seriously, the laughable with a laugh. 

Because all these exist, because there are great and small, high and low, sublime and ridiculous, serious and comical, because God wills these to exist—that is why this should be recognized, that is why the comical and the ridiculous should be laughed at. 

But the only one who can do this is the person who does not adapt everything to himself, the one who is free from self, and who like Christ can “sympathize” with everything; the one who possesses that mysterious sympathy with each and everything, and before whom each can get a chance to have its say. 

But only the person who loves has this sympathy. And so, laughter is a sign of love. 

Unsympathetic people (people who cannot actively “sympathize” and who thus become passively unsympathetic as well) cannot really laugh. 

They cannot admit that not everything is momentous and significant. They always like to be important and they occupy themselves only with what is momentous. They are anxious about their dignity, they worry about it; they do not love, and that is why they do not even laugh. 

But we want to laugh and we are not ashamed to laugh. For it is a manifestation of the love of all things in God. Laughter is a praise of God, because it lets a human being be a loving person. 

God laughs. 

He laughs the laughter of the carefree, the confident, the unthreatened. He laughs the laughter of divine superiority over all the horrible confusion of universal history that is full of blood and torture and insanity and baseness. 

God laughs. 

Our God laughs; he laughs deliberately; one might almost say that he laughs gloatingly over misfortunes and is aloof from it all. He laughs sympathetically and knowingly, almost as if he were enjoying the tearful drama of this earth (he can do this, for he himself wept with the earth, and he, crushed even to death and abandoned by God, felt the shock of terror). He laughs, says scripture, and thus it tells us that an image and a reflection of the triumphant, glorious God of history and of eternity still shines in the final laugh that somewhere springs out from a good heart, bright as silver and pure, over some stupidity of this world. 

Laughter is praise of God because it is a gentle echo of God’s laughter, of the laughter that pronounces judgment on all history. But it still is more, this harmless laughter of the loving heart. In the Beatitudes according to Luke (6:21), this is what we find: “Blessed are you who weep now, you shall laugh!” Of course this laughter is promised to those who weep, who carry the cross, those who are hated and persecuted for the sake of the Son of man.

But it is laughter that is promised to them as a blessed reward, and we now have to direct our attention to that point. Laughter is promised, not merely a gentle blessedness; an exaltation or a joy that wrings from the heart of tears of a surprising happiness. 

All this, too. But also laughter. 

Not only will our tears be dried up; 

not only will the great joy of our poor heart, which can hardly believe in eternal joy, overflow even to intoxication; 

no, not only this—we shall laugh! 

Laugh almost like the thrones; laugh as was predicted of the righteous (Ps 51:8). … 

Fools laugh, and so do the wise; despairing nonbelievers laugh, and so do believers. 

But we want to laugh in these days. And our laughter should praise God. 

It should praise him because it acknowledges that we are human. 

It should praise him because it acknowledges that we are people who love. 

It should praise him because it is a reflection and image of the laughter of God himself. 

It should praise him because it is the promise of laughter that is promised to us as victory in the judgment. 

God gave us laughter; we should admit this and—laugh.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Ecologia e Fé: Perspectivas escatológicas para o futuro do univer...


Durante a realização do V Simpósio Internacional de Teologia, haverá comunicações simultâneas no início das tardes. A autora do Blog, Jussara Linhares, tem a alegria de coordenar uma das áreas temáticas: 

A Teologia em diálogo com a Ecologia: Deus, o ser humano e a natureza

Como um estímulo a quem quiser participar, o Blog do Rahner se veste das cores ¨verde e azul¨, num convite à leitura sobre este tema tão marcante na nossa experiência hodierna no trato com os recursos da natureza.

a) Cada sessão de comunicação se iniciará com a reflexão de um editor da Concilium em plenário: Andres Torres Queiruga no dia 26 e João Vila-Chã no dia 27.
b) Em seguida, haverá quatro sessões simultâneas onde as comunicações inscritas e aprovadas acontecerão. As áreas temáticas nas quais os comunicadores podem inscrever-se são:
1. A Renovação Litúrgica - Coordenação: Prof. Dr. Luiz Fernando Ribeiro. Santana
2. Bíblia, Igreja e Sociedade - Coordenação: Prof. Dr. Isidoro Mazzarolo.
3. Gênero, Desafios e Esperanças para a Igreja - Coordenação: Profª. Ma. Maria Cristina Furtado.
4. Leigos em Missão - Coordenação: Prof. Dr. Cesar Augusto Kuzma.
5. O importante diálogo entre Literatura e Teologia - Coordenação: Prof. Me. Marcio Cappelli.
6. Espiritualidade para o Século XXI- Coordenação: Profª. Drª. Lucia Pedrosa de Pádua.
7. Ecumenismo, e diálogo inter-religioso: conquistas e desafios para a Igreja - Coordenação: Profª. Drª Maria Teresa Cardoso e a Profª. Drª Francilaide de Queiroz Ronsi.
8. A Teologia em diálogo com a Ecologia: Deus, o ser humano e a natureza - Coordenação: Profª. Drª Jussara Linhares.
A diga de leitura de hoje vem de um Blog amigo e admirado: do meu professor Afonso Murad, um craque especialista no tema do nosso grupo. Visitem o Blog Ecologia e Fé e vocês terão mais e mais razões para participar do Grupo e também para participar do Congresso, oferecendo Comunicações !

Ecologia e Fé: Perspectivas escatológicas para o futuro do univer...: No capítulo 5 de seu livro “Ciência e Sabedoria” (Ed. Loyola), Jürgen Moltmann aborda o tema das perspectivas escatológicas da teologia cri...