Vejam uma primeira análise de Rahner quanto ao Movimento de Renovação Carismática na Igreja Católica. Ele, considerado um grande místico do séc. XX, traz a discussão sobre o nosso ¨esquecimento¨ do Espirito Santo à tona. É assunto que não se encerra aqui, mas este pode ser um bom início de conversa.

Rahner tem traduzidos para o inglês, 23 volumes de ensaios sobre diferentes temas da teologia cristã.

Na apresentação do volume XVI desta coleção, as Theological Investigations, isto no ano de 1975, ele se refere ao movimento de renovação carismática que despertava muito interesse quer na Europa, quer nos EUA, então.

Levando em conta que este interesse se dá, justamente por estar focado nos dons do Espírito, nos carismas e no mover do Espírito, Rahner argumenta que eles se tornaram centrais nas discussões religiosas da época. Em suas palavras

É óbvio que este tipo de experiência do Espírito traz uma questão à qual a teologia não pode e nem deve evitar porque parece, em primeiro lugar, que se trata de um tema cristão há muito tempo esquecido e que agora voltou à tona, de um modo renovado. 

Mas isto carrega em si uma acusação à Teologia de que não teria se ocupado deste aspecto importante da vida da fé.  

Hoje, precisamente, são os não-teólogos, os homens de fé, que recordam aos ¨responsáveis pela fé cristã¨, i.e., aos teólogos, a sua negligência e o seu esquecimento, da prova viva do poder espiritual.

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TI XVI, xii.