Rahner vê diferença no olhar de quem responde livremente por seus atos.
Vejamos também !Para Rahner, o homem que tem consciência de sua liberdade tem, também, a consciência da responsabilidade do uso de sua liberdade.
Este homem sabe que o resultado do uso de sua liberdade é mais do que a escolha entre sorvete e pipoca.
Este homem sabe que o resultado do uso de sua liberdade é algo duradouro, é algo que o vai constituindo na pessoa que ele quer ser.
Por isso, o resultado do uso da liberdade é eterno. Ele não se resume ao tempo do consumo, ao tempo do sorvete ou da pipoca, ele implica decisões que vão me formando no caminho de Deus, ou não.
Por isso, o olhar do homem que usa da sua liberdade é semelhante ao olhar de Deus quando nos olha, não presta muita atenção no que é pequeno e mesquinho, como diz Rahner: é um olhar que não julga a meia superfície da vida.
Este olhar da liberdade olha o coração.
O nosso e o do outro.
O homem ...
“quando deve responder e ser capaz de responder como alguém livre,
por si e por toda a sua vida,
diante do julgamento de Deus, que não julga a meia superfície da vida,
mas que olha o íntimo da pessoa sobre quem ele livremente dispõe: olha o coração”.
Karl RAHNER.
Teologia
da Liberdade. Caxias do Sul: Paulinas, 1970, 96-97.
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