Papa Francisco centralizou sua homilia na figura de São Paulo, aquele que passou a vida “de perseguição em perseguição”, sem nunca se desanimar: “Ele olhava ao Senhor e ia adiante”, disse.
“Paulo incomodava: com sua pregação, com seu trabalho e com o seu comportamento, porque anunciava Jesus.
Mas o Senhor quer que nós sigamos adiante, que não nos refugiemos numa vida tranquila, em estruturas senis. Paulo continuava a anunciar, porque tinha em si a atitude cristã de zelo apostólico, sem ser um homem de compromisso”, explicou.
Prosseguindo, Francisco fez uma consideração: “Zelo apostólico não é entusiasmo pelo poder, pelo ‘possuir’. É algo que vem de dentro, que o próprio Senhor quer de nós. O zelo apostólico provém do conhecimento de Jesus Cristo, do nosso encontro pessoal com ele”.
O zelo apostólico, disse ainda, “tem algo de louco, mas uma loucura espiritual, salutar”. E Paulo tinha esta “loucura”.
Entretanto, disse o Papa, na Igreja existem muitos cristãos “mornos”, que não querem se empenhar:
“Existem também os cristãos de salão, né?; aqueles educados, que não são filhos da Igreja com o anúncio e o fervor. Hoje, peçamos ao Espírito Santo que nos dê este fervor apostólico e a graça de incomodar as coisas que são tranquilas demais na Igreja; a graça de irmos às periferias existenciais não só nas terras distantes, mas aqui nas cidades, onde é necessário o anúncio de Jesus Cristo. E se perturbarmos, bendito seja o Senhor. Como disse o Senhor a Paulo: ‘coragem!’”.
Da redação, com Rádio Vaticano
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