… mas não acontece o mesmo com as leis que têm a sua origem na autoridade humana.
O modelo do traje eclesiástico nada tem que ver com o Vosso Ser três vezes santo e não tem qualquer influência no modo de Vos servir se a batina é comprida ou curta.
Vós não estais ligado, de qualquer modo, a semelhantes prescrições. Porque então tenho de Vos procurar desta maneira, se outra me parece também indicada? …
Todas as leis, todas as prescrições em vigor no Vosso Reino não serão o equivalente às prescrições relativas à circulação, impostas pelo Estado para favorecer à circulação e a unidade?
… não nos poderíamos sentir seriamente lesados por uma lei justa ou por um regulamento de circulação?
Quero falar dos preceitos que não são expressão da Vossa lei, mas que são mais do que uma simples regulamentação de relações humanas exteriores.
Quero falar das leis que dizem respeito ao meu próprio eu, à minha personalidade, à minha liberdade.
Tenho a certeza: todo aquele que não procura uma solução para a pergunta que acabo de formular, tornou-se um legalista ou um idólatra, que rodeia a socrossanta letra da lei de um culto ansioso e forçado.
Chega a ser um homem que imagina ter cumprido toda a justiça para com Deus pela simples observância dos preceitos humanos: confunde a letra da lei com Vós próprio.
Por isso, quando obedeço a todas as minhas observâncias fixarei o meu olhar franco e sincero em Vós, Senhor.
Pois é a Vós só que se dirige diretamente a homenagem da minha submissão, e não ao preceito como tal, mesmo considerado como indispensável reflexo do Vosso Ser.
Apelos,
60-63.
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