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quarta-feira, 11 de julho de 2012

‎"Então o céu se abriu, e ele viu o Espirito de Deus que descia como uma pomba e pousava sobre ele". Mat 3,16.


Dom Eugenio Sales: 91 anos de vida, 69 de sacerdócio, 58 de episcopado e 43 de cardinalato.




Minhas memórias de Dom Eugênio e seus múltiplos dons.

Eu me lembro de dom Eugênio como a elegância da Igreja na nossa cidade.
Gente, eu não vi, mas ouvi encantada que ele celebrou lá no alto, nos Arcos da Lapa ! Quanta modernidade nesse homem que sabia olhar o céu e parecia escondido num tênue manto de conservadorismo.


Eu conheci Dom Eugênio. 
Mas disso, muito pouco ou quase nada eu poderia dizer de seus dons. Os verdadeiros dons de Dom Eugênio, eu só fui percebendo quando aprendi a amá-lo pelo amor de alguns de seus amigos mais queridos, aqueles que o acompanharam nas alegrias e nas tristezas. 

Eu me lembro de dom Eugênio como um cristão apaixonado por São Paulo, o apóstolo, e louco de amores por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Eu me lembro de dom Eugênio como um cristão que verdadeiramente acolheu a humildade do Cristo. Lá na Paróquia da Ressurreição, nas cerimônias do lava-pés.
Caramba ! Entrava na Igreja com a soberana pompa de um Rei, e recebia aos beijos os pés mais humildes.

E eu, sempre pronta a travar um diálogo comigo mesma, dava muito pano para mangas teológicas, a respeito do dom de Dom Eugênio de unir momentos evangélicos.
Aí estava meu prato predileto: a Quinta-Feira da Semana Santa. Tinha que chegar cedo na Paróquia da Ressurreição - a tempo de conseguir um espaço (para me sentar) e orar ainda no silêncio da Casa do Senhor e depois contemplar ...
A entrada solene de Dom Eugênio, na minha contemplação, fazia rebobinar o ¨vídeo litúrgico¨ até o domingo de Ramos e a sua saída da Igreja já deixava o vídeo avançando para a Paixão, tudo junto, na mesma celebração, e eu lá, contemplando o meu Senhor, como só uma súdita do  Reino de Deus saboreia sentir, diante de um mediador da grandeza de Dom Eugênio.

Eu sou membro da União dos Juristas Católicos da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
Eu tenho a honra de haver sido acolhida na União, pelas mãos de Dom Eugênio.
Eu sei do orgulho que Dom Eugênio tem do trabalho desenvolvido pela União dos Juristas Católicos, criada por incentivo dele para cuidar do ¨outro¨,  assim como a União dos Médicos Católicos da Arquidiocese do Rio que, ¨juntas¨ fazem um trabalho admirável nos lugares onde o braço do poder público mal consegue alcançar.
Mas Dom Eugênio tinha um coração que via as necessidades e via o que é trabalho para um braço e o que é trabalho para muitos corações.

Eu me lembro de dom Eugênio como pai de uma belíssima geração de sacerdotes e leigos, que ele criou com sua Fé.
Hoje, ao ver na TV as cenas da madrugada, na primeira oração por sua vida, ainda na sua casa do Sumaré, lá estavam vários desses filhos e filhas que Dom Eugênio criou para a Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo.

Na primeira fila, o Monsenhor que todo mundo no Arpoador chama com justo carinho de pe. Zé Roberto, que montou na Arquidiocese o Museu de Arte Sacra e sempre teve esta parceria filial com Dom Eugênio, a quem ele nunca escondeu amar e respeitar como Pai e Pastor.

Algumas filas atrás eu vi, distante e recolhida, a fiel escudeira de Dom  Eugênio, realizadora de tantos projetos pastorais de nosso Dom, a corajosa Maria Christina Sá, organizadora de tantos eventos que o empreendorismo de Dom Eugênio não cansava de apoiar. Quantas pastorais, quantas lutas para manter essas pastorais, o trabalho com as idas e as vindas do Papa à nossa cidade, sem falar numa rotina diária que impressiona pelo incrível elan evangelizador de Dom Eugênio.

Maria Christina, que já subiu a um ¨ambão¨ no Vaticano para dar testemunho feminino do seu trabalho, ela que recebeu aplausos do Papa, sabe que agiu incansavelmente por décadas em obediência à Igreja, e ao melhor resultado dessas décadas vividas por Dom Eugênio no Rio.

Quem conhece a força desta batalhadora da Igreja sabe que ela não é uma empresária (mas poderia ser).  Ela é a mulher da práxis !  Filósofa de formação, cata crianças e lhes dá um lar, senta nas calçadas para conversar com um ou outro morador de rua, não passa um dia sem descobrir um novo próximo que precisa de ajuda. Ela respira e sintetiza a Pastoral do Menor, e o bonito é que  muito do que Maria Christina Sá faz acontecer em nossa cidade é parte do que Dom Eugênio sonhou.

Eu tenho 63 anos de idade. E quando nasci, Dom Eugênio já era um sacerdote ! Olho a distância do meu caminho percorrido e me vem à memória o discurso de despedida de Dom Eugênio, quando se afastou da condução da Arquidiocese do Rio de Janeiro, em que ele se despede com as palavras de São Paulo:

Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé.  2Tm 4,7

terça-feira, 10 de julho de 2012

Agradecimento a Dom Eugenio

Minhas memórias de Dom Eugênio e seus múltiplos dons.

Eu me lembro de dom Eugênio como a elegância da Igreja na nossa cidade.
Gente, eu não vi, mas ouvi encantada que ele celebrou lá no alto, nos Arcos da Lapa ! Quanta modernidade nesse homem que sabia olhar o céu e parecia escondido num tênue manto de conservadorismo.


Eu conheci Dom Eugênio. 
Mas disso, muito pouco ou quase nada eu poderia dizer de seus dons. Os verdadeiros dons de Dom Eugênio, eu só fui percebendo quando aprendi a amá-lo pelo amor de alguns de seus amigos mais queridos, aqueles que o acompanharam nas alegrias e nas tristezas. 

Eu me lembro de dom Eugênio como um cristão apaixonado por São Paulo, o apóstolo, e louco de amores por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Eu me lembro de dom Eugênio como um cristão que verdadeiramente acolheu a humildade do Cristo. Lá na Paróquia da Ressurreição, nas cerimônias do lava-pés.
Caramba ! Entrava na Igreja com a soberana pompa de um Rei, e recebia aos beijos os pés mais humildes.

E eu, sempre pronta a travar um diálogo comigo mesma, dava muito pano para mangas teológicas, a respeito do dom de Dom Eugênio de unir momentos evangélicos.
Aí estava meu prato predileto: a Quinta-Feira da Semana Santa. Tinha que chegar cedo na Paróquia da Ressurreição - a tempo de conseguir um espaço (para me sentar) e orar ainda no silêncio da Casa do Senhor e depois contemplar ...
A entrada solene de Dom Eugênio, na minha contemplação, fazia rebobinar o ¨vídeo litúrgico¨ até o domingo de Ramos e a sua saída da Igreja já deixava o vídeo avançando para a Paixão, tudo junto, na mesma celebração, e eu lá, contemplando o meu Senhor, como só uma súdita do  Reino de Deus saboreia sentir, diante de um mediador da grandeza de Dom Eugênio.

Eu sou membro da União dos Juristas Católicos da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
Eu tenho a honra de haver sido acolhida na União, pelas mãos de Dom Eugênio.
Eu sei do orgulho que Dom Eugênio tem do trabalho desenvolvido pela União dos Juristas Católicos, criada por incentivo dele para cuidar do ¨outro¨,  assim como a União dos Médicos Católicos da Arquidiocese do Rio que, ¨juntas¨ fazem um trabalho admirável nos lugares onde o braço do poder público mal consegue alcançar.
Mas Dom Eugênio tinha um coração que via as necessidades e via o que é trabalho para um braço e o que é trabalho para muitos corações.

Eu me lembro de dom Eugênio como pai de uma belíssima geração de sacerdotes e leigos, que ele criou com sua Fé.
Hoje, ao ver na TV as cenas da madrugada, na primeira oração por sua vida, ainda na sua casa do Sumaré, lá estavam vários desses filhos e filhas que Dom Eugênio criou para a Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo.

Na primeira fila, o Monsenhor que todo mundo no Arpoador chama com justo carinho de pe. Zé Roberto, que montou na Arquidiocese o Museu de Arte Sacra e sempre teve esta parceria filial com Dom Eugênio, a quem ele nunca escondeu amar e respeitar como Pai e Pastor.

Algumas filas atrás eu vi, distante e recolhida, a fiel escudeira de Dom  Eugênio, realizadora de tantos projetos pastorais de nosso Dom, a corajosa Maria Christina Sá, organizadora de tantos eventos que o empreendorismo de Dom Eugênio não cansava de apoiar. Quantas pastorais, quantas lutas para manter essas pastorais, o trabalho com as idas e as vindas do Papa à nossa cidade, sem falar numa rotina diária que impressiona pelo incrível elan evangelizador de Dom Eugênio.

Maria Christina, que já subiu a um ¨ambão¨ no Vaticano para dar testemunho feminino do seu trabalho, ela que recebeu aplausos do Papa, sabe que agiu incansavelmente por décadas em obediência à Igreja, e ao melhor resultado dessas décadas vividas por Dom Eugênio no Rio.

Quem conhece a força desta batalhadora da Igreja sabe que ela não é uma empresária (mas poderia ser).  Ela é a mulher da práxis !  Filósofa de formação, cata crianças e lhes dá um lar, senta nas calçadas para conversar com um ou outro morador de rua, não passa um dia sem descobrir um novo próximo que precisa de ajuda. Ela respira e sintetiza a Pastoral do Menor, e o bonito é que  muito do que Maria Christina Sá faz acontecer em nossa cidade é parte do que Dom Eugênio sonhou.

Eu tenho 63 anos de idade. E quando nasci, Dom Eugênio já era um sacerdote ! Olho a distância do meu caminho percorrido e me vem à memória o discurso de despedida de Dom Eugênio, quando se afastou da condução da Arquidiocese do Rio de Janeiro, em que ele se despede com as palavras de São Paulo:

Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé.  2Tm 4,7



Testemunho de Maria Christina Sá sobre Dom Eugenio.

domingo, 8 de julho de 2012

O que significa o ¨espinho na carne¨ a que são Paulo se refere na 2 Cor 12 ?

Bela meditação do papa Bento XVI


2ª Epístola de são Paulo, aos cristãos de Corinto, 12.

1          Será que é preciso gloriar-se?
            Na verdade, não convém.
            No entanto, passarei a falar das visões e revelações do Senhor.
2          Conheço um homem, unido a Cristo,
            que, há quatorze anos,
            foi arrebatado até ao terceiro céu.
            Se ele foi arrebatado com o corpo ou sem o corpo,
            eu não o sei, só Deus sabe.
3          Sei que esse homem
            - se com o corpo ou sem o corpo, não sei, Deus o sabe -
4          foi arrebatado ao paraíso
            e lá ouviu palavras inefáveis
            que nenhum homem consegue pronunciar.
5          Quanto a esse homem eu me gloriarei,
            mas, quanto a mim mesmo, eu não me gloriarei,
            a não ser das minhas fraquezas.
6          No entanto, se eu quisesse gloriar-me,
            não seria insensato,
            pois só diria a verdade.
            Mas evito gloriar-me,
            para que ninguém faça de mim um ideia superior
            àquilo que vê em mim ou que ouve de mim.
7          E para que a extraordinária grandeza
            das revelações não me ensoberbecesse,
            foi espetado na minha carne um espinho,
            que é como um anjo de Satanás a esbofetear-me,
            a fim de que eu não me exalte demais.
8          A esse propósito,
            roguei três vezes ao Senhor que o afastasse de mim.
9          Mas ele disse-me: “Basta-te a minha graça.
            Pois é na fraqueza que a força se manifesta”.
            Por isso, de bom grado,
            eu me gloriarei das minhas fraquezas,
            para que a força de Cristo habite em mim.
10         Eis porque eu me comprazo nas fraquezas,
            nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições
            e nas angústias sofridas por amor a Cristo.
            Pois, quando eu me sinto fraco, é então que sou forte.
11         Será que me tornei insensato?
            Vós me obrigastes a isso.
            Pois, vós é que deveríeis recomendar-me,
            já que em nada tenho sido inferior aos “super-apóstolos”,
            embora na verdade eu não seja nada.
12         As credenciais do meu apostolado foram manifestas entre vós:
            constância e paciência, 
            sinais, prodígios e milagres.
13         Com efeito, em que ficastes inferiores às demais igrejas,
            a não ser pelo fato de eu próprio não vos ter sido pesado?
            Perdoai-me essa injustiça!
14         Eis que, pela terceira vez,
            estou pronto para ir visitar-vos,
            e não vos serei pesado.
            Pois não busco os vossos bens, mas a vós mesmos!
            Aliás, não são os filhos que devem ajuntar bens para os pais,
            mas, sim, os pais para os filhos.
15         Quanto a mim, de boa vontade despenderei ao máximo
            e me gastarei a mim mesmo inteiramente por vós.
            Será que, amando-vos mais, sou por isso menos amado?
16        Mas seja! Eu não fui pesado para vós.
            Porém, astuto como sou,
            foi por esperteza que vos conquistei - assim dizem.
17         Acaso vos prejudiquei por algum daqueles que vos enviei?
18        Insisti com Tito a ir ter convosco
            e com ele enviei o irmão.
            Acaso Tito vos explorou?
            Não procedemos no mesmo espírito?
            Não seguimos as mesmas pegadas?
19        Há muito tempo que pensais
            que fazemos nossa defesa diante de vós?
            Não! É diante de Deus, em Cristo, que nós falamos,
            e tudo, caríssimos, para a vossa edificação!
20         Receio, com efeito, que, quando aí chegar,
            não vos encontre tais quais vos desejo encontrar
            e que, da vossa parte,
            me encontreis tal como não desejais encontrar-me.
            Receio que haja entre vós contendas, ciúmes, iras,
            disputas,maledicências, mexericos, insolências, desordens.
21         Receio ainda que, na minha próxima visita,
            o meu Deus me humilhe por vossa causa,
            e que eu tenha que chorar por muitos dos que antes pecaram
            e ainda não se converteram da libertinagem,
            da fornicação e da devassidão, em que caíram.