Participe !!!

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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Dada a necessidade de trazer para a Teologia uma nova gama de conhecimentos de outras áreas, Rahner acabou sendo considerado eclético, pela Teologia e a Filosofia que praticou. Diante disso, ele perguntou: “onde no mundo há uma teologia e uma filosofia sistemáticas que não possam ser suspeitas de ecleticismo” ?


Como fazer teologia hoje a não ser no mais amplo confronto e em diálogo com a enorme variedade de ciências antropológicas contemporâneas? 
Como pode a teologia – a que quer ouvir todos os lados e aprender de várias fontes – evitar a acusação de ecletismo? 
A razão é o caráter pluralístico original das fontes do nosso conhecimento, o que faz difícil qualquer tentativa de uma reflexão abrangente e adequada sobre a coerência de nossas afirmações. 
Assim, um teólogo só pode requerer aos seus comentadores opositores ou apoiantes que eles se cheguem à sua teologia com boa vontade e que considerem o ponto de partida deste teólogo, suas orientações básicas, e a formulação de questões como mais significantes do que os “resultados” que, em tudo considerado, jamais podem ser conclusivos.


Experiences of a Catholic Theologian, in The Cambridge Companion to Karl Rahner 306. 

¨Ano da Fé¨ comemora 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II


O “Ano da fé” será aberto no dia 11 de outubro de 2012, festa de Cristo Rei, e terminará no dia 24 de novembro de 2013.
O anúncio foi feito pelo Vaticano, na publicação da Carta Apostólica do Papa Bento XVI, instituindo o “Ano da Fé”, que tem como título “Porta da fé”
(íntegra da Carta Apostólica no site do Vaticano, www.vatican.va).
A Igreja se prepara para celebrar 50 anos do Vaticano II, que foi o 21º Concílio Ecumênico da Igreja Católica, convocado pelo Papa João XXIII, em dezembro de 1961, pela bula Humanae salutise aberto em 11 de outubro de 1962. 
O beato João XXIII faleceu em junho de 1963, não podendo encerrar os trabalhos do Concílio, o que foi feito pelo seu sucessor, o Papa Paulo VI, em 8 de dezembro de 1965.
Realizado em quatro sessões, com mais de dois mil participantes, o Concílio deixou quatro constituições, nove decretos e três declarações. 
http://www.cnbbleste1.org.br/2011/10/%E2%80%9Cano-da-fe%E2%80%9D-comemora-os-50-anos-do-concilio-vaticano-ii

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Pensar a natureza de um Concílio, exige pensar a natureza da Igreja, conforme a fé cristã, e isto inclui o Espírito Santo

Se quisermos compreender a natureza de um Concílio, devemos antes nos preocupar com a natureza da Igreja, com o que a Igreja é, segundo o entendimento católico de fé.
A Igreja é constituída e legislada por um colegiado de bispos, presididos pela pessoa do Papa. 
Esta constituição institucional e hierárquica é dirigida ao exercício das funções oficiais da Igreja.
Mas não exaure a natureza da Igreja que inclui um elemento verdadeiramente carismático, não-institucional e juridicamente incontrolável:
o Espírito Santo de Deus.


On The Theology of the Council, Theological Investigations, vol. V, 245. 

domingo, 27 de novembro de 2011

Ao tempo litúrgico do Advento corresponde um tempo do ¨nosso¨ Advento pessoal. Este ¨nosso¨ Advento parte da premissa de que o amor de Deus já foi assegurado a toda a humanidade. Rahner nos ensina o que cabe, individualmente, a cada um de nós neste tempo do ¨nosso¨Advento.

O nosso Advento se dá ¨depois¨ do nascimento, da morte e da ressurreição de Cristo. Este ¨depois¨ imprime ao nosso Advento uma característica diferente da dos que viveram antes de Cristo. 
Em razão disso, o nosso Advento carrega uma seriedade inexorável, porque é no Advento que devemos  aceitar o dom de Deus, que é Ele mesmo, é Deus em si mesmo, já que esta Oferta de Deus foi revelada neste mundo.
O nosso Advento é abençoado pela alegria de o dom de Deus já ter sido assegurado à humanidade toda que, assim, foi coberta pelo poder do amor de Deus - apesar de nossa história repugnante.
Agora é uma questão íntima de cada um de nós aceitar ou rejeitar o Evento, que já nos foi ofertado, ou seja: a vitória do amor de Deus para o mundo

The Great Church Year: The Best of Karl Rahner´s Homilies, Sermons, and Meditations, 1993, NY: Crossroad 9.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Teólogos são os profissionais que devem levar ao limite a limitação humana. Diante disso, sejamos humildes !


Eu me refiro às experiências de um teólogo, melhor, de alguém que se impôs a tarefa de ser teólogo, mas que não está bem certo de haver feito justiça a esta tarefa. 

Esta dúvida parte, nem tanto de um senso geral de limitação humana, mas de um senso de ser levado ao limite – algo essencial a qualquer esforço teológico, uma vez que devemos falar da incompreensível natureza de Deus [1].


[1] Experiences of a Catholic Theologian, em The Cambridge Companion to Karl Rahner  298.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Pai Nosso de Rahner. É para rezar e se emocionar, gente.

Pai nosso, que está no céu do meu coração, mesmo quando ele parece ser um inferno, santificado seja o seu nome, a quem apelo no silêncio mortal do meu silêncio perplexo,
Venha a nós o seu Reino quando tudo nos abandonar, e seja feita a sua vontade, mesmo que nos matem, já que a sua vontade é vida, e o que parece um entardecer na terra é o amanhecer de sua vida no céu,
O nosso pão de cada dia nos dai hoje - vamos pedir também que nunca nos enganemos (a nós mesmos) diante de você, nem mesmo na hora em que você estiver perto de nós, mas, ao invés disso, que a fome nos faça perceber que somos criaturas pobres e insignificantes,  Liberte-nos da culpa e nos proteja da tentação de culpa e de julgar, que na verdade é apenas uma: a de não crer em você e na incompreensibilidade de seu amor, mas
Livre-nos - livre-nos de nós -,
para sermos livres em sua direção,
livre-nos para a direção de sua liberdade e
de sua vida [1].


[1] Trevas e luz na oração. Aqui, traduzido por Jussara Linhares, da nova versão para o inglês, The need and the Blessing of Prayer, The Liturgical Press, 13.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Hoje vai uma breve motivação para pensar a nossa FÉ !

A fé sobre a qual eu quero falar é fé no real sentido da palavra; isto é,
fé engajada por uma decisão pessoal, com poder de gerar uma mudança no coração,
e não uma fé que surja meramente como uma convenção de classe média, ou por antecedentes sociais [1].


[1] Thoughts on the possibility of belief today, Theological Investigations vol. V, 3.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sobre o desafio de comunicar o Cristianismo

Considerando a profundidade e a incompreensibilidade do mistério a que o cristianismo se refere, bem como a variedade imensa de pessoas a que ele dirige seu apelo, é claro que não podemos dizer algo sobre o conceito de cristianismo a todos ao mesmo tempo.


Curso fundamental da fé 5.

domingo, 20 de novembro de 2011

Pedido de sugestão

Amigos,

Muitos de vocês já viveram a experiência de discipulado na obra de um grande autor. É exatamente o que venho perseguindo faz uma década, por meio de estudos que geraram uma dissertação de mestrado e agora a tese de doutorado, no meu caso, sempre baseada na obra de Karl Rahner.

Apresento a vocês um Blog que nasceu com a estranha proposta de estar em permanente construção. Espero que ele mude sempre, que eu jamais pense nele como algo ¨acabado¨. Evidentemente que o retorno ativo e sensível de vocês é parte desta proposta de ¨in-acabamento¨. A grandeza do autor e a maravilha de sua obra também vão ajudar.

Se o propósito do Blog é manter esta vitrine da obra de Rahner sempre in-acabada e, portanto, sujeita à nossa reflexão constante, achei que o melhor  método de o Blog alcançar seu propósito seria pingar gotas preciosas, de quando em vez, do que este grande jesuíta alemão conseguiu expressar de nossa fé. 

O meu desejo primeiro é que os leitores que passem pelo Blog aproveitem as pequeninas leituras. Garanto que são inspiradoras de belas contemplações. 

Assim, na esperança de que estes pequeninos e lindos trechos roubem um tempinho da vida que temos, deixo que Karl Rahner nos cative e nos ajude na aventura que é seguir Jesus Cristo, que ele tão bem soube ouvir ...

Grata pela paciência de todos,

Jussara

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Sobre o conceito de oração

Quando rezo, é a boca que fala; e mesmo admitindo que rezo ¨bem¨, são os meus pensamentos e as minhas resoluções que desempenham com gosto o seu jogo, o jogo que lhes impus e estudei antes. Mas serei verdadeiramente eu que sou oração? Pois é claro que eu não devia rezar palavras ou pensamentos ou resoluções: eu deveria rezar-me a mim próprio !

Apelos ao Deus do Silêncio 36.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A dificuldade de orar

Quão perplexo, Senhor, 

se torna o meu espírito,
se falo conVosco de Vós !

Apelos ao Deus do silêncio 13.